Segundo Neri Geller (PP-MT) – um dos nomes cotados para assumir o cargo de Ministro – o grupo temático de transição da Agricultura deve contar com cinco membros, de todas as regiões do Brasil.
Visto como uma das principais pontes entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o agro e possível ministro para área, o ex-deputado federal Neri Geller (PP-MT) disse que os nome para a coordenação do grupo temático da transição para o setor devem ser anunciados até segunda-feira (14).
Segundo Geller, o grupo temático para o agro deve contar com cinco membros. A equipe de transição para o governo Lula tratou de separar o agronegócio e a reforma agrária nos seus grupos que traçam planos para 2023 em diante. Confira os detalhes que envolvem o tema!
Além dele próprio (Geller), estão praticamente confirmados os nomes do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) e o empresário também mato-grossense Carlos Augustin. “Serão cinco nomes, queremos fazer bem regionalizado”, afirmou. “Não vamos discutir o Centro-Oeste, vamos discutir o Brasil”, completou.
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) deve participar das conversas, e Geller confirmou que o grupo temático deve contar com nomes indicados pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), além da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“A intenção é que a gente possa acalmar o setor, trazer para dentro e iniciar o diálogo. A eleição já passou”, destacou. “Não tem nada de ministro, estamos falando de transição. Queremos dar evidência à equipe técnica”, acrescentou, citando que também serão formados subgrupos dentro desse time.
Geller avaliou que o setor privado “precisa ser acalmado” e ressaltou que o novo governo deve mostrar que haverá estabilidade e responsabilidade pelos próximos quatro anos. O ex-parlamentar citou diversas medidas para o agro tomadas nos governos petistas, como a renegociação de dívidas e abertura e linhas de crédito com juros reduzidos para o setor.
“O agro conquistou tanto mercado lá fora com o presidente Lula. O presidente tem sim como falar com o setor pelo que já foi feito e agora é bola para frente, mostrar que há estabilidade. Essas reclamações, esses movimentos, tem muita fake news nisso. Precisa baixar poeira agora e precisamos nos aproximar do agro para discutir as políticas que o setor quer”, reiterou.
Os nomes do agronegócio e do MST indicados para a transição de Lula
A equipe de transição para o governo Lula tratou de separar o agronegócio e a reforma agrária nos seus grupos que traçam planos para 2023 em diante.
O agro estará representado pelo setor de “agricultura, pecuária e abastecimento”. Já estão definidos alguns nomes. O grupo será coordenado pelo deputado Neri Geller (PP-MT), que se aproximou de Lula na campanha. É cotado para ocupar o Ministério da Agricultura, conforme anunciando anteriormente no conteúdo. A seu lado estará o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), também postulante a ministro.
Do outro lado, no grupo do “desenvolvimento agrário”, há está definida a indicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. O escolhido é Luiz Zarref, da coordenação nacional do movimento e teve seu nome referendado pelo grupo por ser um técnico, conhecedor de políticas para a agricultura familiar e assentados.
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Também deve integrar esse núcleo agrário o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que é um assentado da reforma agrária. Assunção é cotadíssimo para ocupar o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que irá voltar com o retorno de Lula ao Palácio do Planalto.
Outro nome cotado para integrar esse núcleo no Grupo de Transição é de Miguel Rossetto, ex-deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário da primeira gestão de Lula.
Do lado ruralista, Geller teve esta semana no CCCB, onde funciona a transição, se reuniu com Gleisi Hoffmann e definiu a equipe. Além de Fávaro, ele terá ao lado nomes de entidades e associações do agronegócio.