Doze gramíneas serão avaliadas no Semiárido mineiro com relação às características de clima e solo da região caracterizada por longos períodos secos e chuvas.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), instituição vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), firmou parceria com a Carapreta, empresa brasileira produtora de carnes nobres, para a realização de pesquisas no Semiárido mineiro. O objetivo com os estudos será identificar gramíneas forrageiras mais adaptadas às condições edafoclimáticas da região, caracterizada por longos períodos secos e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do ano.
De acordo com a pesquisadora da Epamig, Leidy Rufino, formar pastagens e mantê-las por longos períodos têm sido um desafio árduo para os pecuaristas do Semiárido de Minas Gerais. Isso ocorre porque fatores como clima, relevo, umidade do ar, radiação, tipo de solo, vento e precipitação são decisivos na adaptação e no sucesso com as forrageiras.
“Existe uma grande diversidade de gramíneas forrageiras disponíveis no mercado, mas escolher corretamente não é fácil. O produtor precisa ficar atento à produtividade, à qualidade nutritiva e à adaptabilidade local, sempre de acordo com seus objetivos”, explica a pesquisadora.
Unidades demonstrativas
Para operacionalizar as pesquisas, unidades demonstrativas serão implantadas no município de São João do Ponte, no norte de Minas Gerais. No total, doze gramíneas serão avaliadas nas condições de clima e solo da região. Os estudos serão conduzidos ao longo dos próximos três anos. Com conclusão prevista para março de 2025, as unidades demonstrativas ocuparão uma área de 2.160 m².
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“Esses estudos vão trazer respostas visando a perenidade dos pastos no Semiárido mineiro. Dessa forma, os produtores vão poder garantir alimento de qualidade para seus rebanhos. A consequência será o aumento da renda e a melhoria da qualidade de vida das famílias”, afirma Leidy Rufino. Segundo o CEO da Carapreta, Vitoriano Dornas, a empresa vai disponibilizar a área de implantação das unidades demonstrativas, infraestrutura necessária, serviços de análises, mão-de-obra e custeio de despesas.
“Para potencializar os impactos econômicos e sociais, será permitido o acesso de produtores e técnicos da região às atividades de transferência e difusão de tecnologia e, ao final, os resultados serão divulgados de forma ampla, beneficiando toda a região”, afirma Vitoriano Dornas. Para o diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula, é fundamental testar novas tecnologias diretamente nas regiões onde elas serão aplicadas.
“Para nós é muito interessante o trabalho conjunto com uma empresa do porte da Carapreta, porque será possível instalar experimentos mais abrangentes, com parcelas maiores, com todo o rigor experimental, o que, sem dúvida, redundará em resultados bastante confiáveis” conclui o diretor.
Fonte: Sec. de Agricultura – MG