Entidades pedem que governo federal não faça importação de arroz

Diante do exposto e preocupadas com o futuro da cadeia produtiva de arroz brasileira, as entidades catarinenses reforçam encarecidamente ao Governo Federal, a solicitação da suspensão do leilão já aberto, que visa compra de arroz beneficiado do exterior.

Entidades de Santa Catarina relacionadas ao cultivo e produção de arroz estão pedindo que se dê mais valor ao cereal nacional e se manifestam contra a importação deste pelo governo federal. Esta solicitação vem em um momento crítico devido às enchentes que estão afetando a produção no Rio Grande do Sul. Os estados, RS e SC, são reconhecidos com mais de 80% da produção nacional de arroz.

As organizações argumentam que a importação prejudicará a cadeia produtiva, já impactada por problemas climáticos. Eles alegam que a produção doméstica é adequada para atender à demanda interna e que os desafios logísticos no Rio Grande do Sul estão sendo superados.

Para as entidades, em um momento já extremamente difícil, por conta das inundações que assolam o estado gaúcho, a iniciativa de importar o grão servirá apenas para trazer ainda mais dificuldades e prejuízos para a cadeia produtiva de arroz no Brasil, uma vez que muitos produtores, indústrias e cooperativas já contabilizam prejuízos consideráveis.

“Mesmo diante dos desafios no Rio Grande do Sul, espera-se que em breve a produção de arroz seja completamente normalizada, garantindo o fornecimento e a segurança alimentar do país, além de prevenir aumentos significativos nos preços”, comunicam em nota.

Colheita e cadeia produtiva de arroz

Com a colheita da safra 2023/2024 já bastante adiantada em ambos os Estados – 84% na área cultivada do Rio Grande do Sul e quase 100% na área cultivada em Santa Catarina –, mesmo com as inundações, as entidades reforçam a garantia de que a produção do grão não será impactada a ponto de faltar arroz para o consumo interno brasileiro.

Problemas logísticos no Rio Grande do Sul, como a dificuldade de escoamento da produção por conta da interdição de rodovias, já estão sendo superados. Além disso, as negociações de compra e venda de arroz em casca para beneficiamento seguem sendo realizadas entre os produtores rurais e as indústrias e cooperativas responsáveis pelo beneficiamento do grão.

Apesar das grandes dificuldades a serem superadas no Rio Grande do Sul, a expectativa das indústrias e cooperativas é que a cadeia produtiva de arroz consiga ser 100% normalizada em breve, garantindo o abastecimento e segurança alimentar de todo o país, bem como evitando a disparada de preço do produto.

importação de arroz
Foto: Divulgação

Leilão para importação de arroz

As entidades solicitaram ao governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que cancelasse o leilão para aquisição de arroz processado do exterior.

De acordo com a Conab, o arroz importado será vendido ao consumidor brasileiro por no máximo R$ 4 por quilo. O primeiro leilão está programado para a próxima terça-feira (21), quando o governo pretende adquirir até 104.034 toneladas de arroz importado.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que o plano tem como objetivo evitar a elevação dos preços e garantir que o arroz importado não competirá com os produtores nacionais.

“A intenção do governo federal não é, de forma alguma, competir com os produtores nacionais de arroz, especialmente aqueles que já enfrentam dificuldades. Nosso objetivo é prevenir a especulação financeira e estabilizar os preços em todo o mercado nacional”, ressaltou Fávaro.

Entidades envolvidas

Preocupadas com os impactos negativos que a eventual importação de arroz trará para a rizicultura do Brasil, entidades catarinenses unem-se em um apelo de valorização do cereal nacional. Reforçam o posicionamento contrário à iniciativa do Governo Federal de importação de arroz, o Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), a Cooperativa Central Brasileira de Arroz (BRAZILRICE), a Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (ACAPSA), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), que assinam o pedido.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina são reconhecidos com mais de 80% da produção nacional de arroz. A colheita da safra 2023/2024 está avançada, com 84% da área já colhida no Rio Grande do Sul e quase completa em Santa Catarina.

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