Entidade esclarece sobre suspeita de doença da urina preta gerada por peixes

Contaminação de peixes e crustáceos pode ter acontecido no período de estiagem no Baixo Amazonas; doença da urina preta é investigada

Casos da Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta, associada ao consumo de peixe, são investigados em ao menos quatro estados brasileiros. A maioria está concentrada no Amazonas, onde já foram notificadas 61 suspeitas em 10 cidades, mas há registros também na Bahia, no Ceará e no Pará.

No Pará, o caso mais recente envolve um casal que consumiu pescada amarela e apenas a mulher desenvolveu sintomas. Logo no início, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém coletou material para análise no laboratório central do estado.

Veja o posicionamento da Peixe BR

A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade de âmbito nacional que reúne os diversos elos dessa importante cadeia produtiva de proteína animal saudável e de alta qualidade, esclarece que:

Tilápia e tambaqui criados profissionalmente, em cativeiro e com toda a segurança, não provocam a Síndrome de Haff (Doença da Urina Negra) em seres humanos.

O pesquisador Roger Crescêncio, da Embrapa Amazônia Ocidental, informa que não há nenhum registro de caso da doença que tenha como origem os peixes de cultivo.

A ciência comprova que a Síndrome de Haff pode ser causada pela ingestão de peixes contaminados, de origem desconhecida e que não foram criados em ambiente controlado.

A piscicultura é industrial e verticalizada, seguindo a legislação e as boas práticas. A tilápia e o tambaqui são criados em água doce, com total rastreabilidade. As empresas produtoras utilizam rígidos protocolos sanitários e de bem-estar animal, conferindo aos peixes de cultivo status de alta segurança alimentar.

Peixe de cultivo é gostoso, saudável e seguro. A Peixe BR recomenda aos consumidores dar preferência a peixes de origem conhecida e que tenham sido criados em ambientes controlados.

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