Entenda os benefícios e diferenças entre farelos proteicos e energéticos

Alimentação deve ser complementada quando as pastagens não fornecerem nutrientes necessários para a alimentação do animal

Os bons índices de produtividade da pecuária estão relacionados diretamente com a nutrição do animal. No Brasil como um todo, a base da nutrição bovina é a pastagem, porém, quando ela não está fornecendo todos os nutrientes necessários é fundamental a complementação da nutrição com suplementação.

A suplementação pode ser realizada de quatro formas, só com minerais, incrementado com aditivo, com fontes protéicas e ainda com fontes energéticas.

Afinal, como saber qual tipo de suplementação utilizar?

A resposta é mais complexa, depende da qualidade da pastagem da sua propriedade em primeiro lugar, depois  categoria animal, modelo de produção, infraestrutura que sua propriedade fornece, manejo, mão de obra e sem esquecer da parte financeira.

Nos tipos mineral proteico e proteico-energético, especificamente, os suplementos são fornecidos para auxiliar os animais a alcançarem maior desempenho, em ocasiões que a proteína ou energia são os nutrientes limitantes.

Uma estratégia para compor a fração protéica destas suplementações é utilizar farelos protéicos, caracterizados por possuírem acima de 20% de proteína bruta (PB) em sua composição. Nos casos em que atuam como fonte energética, os farelos desta classe apresentam menos de 20% de PB.

Farelos energéticos

milho é a principal fonte energética na composição das rações e suplementos, aliado a outros ingredientes, ele possibilita uma dieta de acordo com o propósito de criação do animal.

O grão apresenta em média de 8,0 a 9,3% de PB, e seu alto teor de amido deste grão o torna a principal fonte energética para os bovinos.

Além disso, este farelo serve como base para os preços de outros farelos energéticos, seguindo a tendência de alta ou baixa, pressionando, assim, a busca por fontes alternativas nas dietas dos animais.

casca de soja tem sido bastante utilizada em substituição parcial ou total do milho em alguns suplementos, por prover quantidade satisfatória de proteína bruta, possuir boa palatabilidade e aceitação pelos animais. Sua composição nutricional é de cerca de 11 a 12% de PB e cerca de 70% de nutrientes digestíveis totais (NDT). A casca de soja consiste na parte externa do grão de soja e é obtida por separação no processamento para a extração do óleo.

polpa cítrica – concentrado energético que consiste das cascas, polpas e sementes desidratadas e peletizadas de laranja, resultantes do processo de extração do suco – apresenta níveis médios de 7% de PB e 77% de NDT, além de ser rica em pectina. Em regiões em que há disponibilidade deste subproduto, é vantajoso substituir parcialmente ou totalmente o milho nas formulações, dependendo do custo por tonelada.

Farelos proteicos

O farelo de soja compõe, aproximadamente, 80% do grão de soja e é obtido no processo de extração do óleo. É um dos ingredientes de maior importância para utilização em suplementos e rações animais, por possuir alto teor de proteína (45% de PB).

E, assim como o milho, é o balizador para as fontes energéticas, o farelo de soja atua como o guia para os preços das fontes protéicas.

O farelo protéico obtido a partir do caroço de algodão após extração do óleo por solvente e moagem fina tem sido bastante utilizado em substituição ao farelo de soja, por possuir entre 28% e 38% de PB.

Já o concentrado proteico resultante do processamento do milho para a fabricação do etanol, durante o processo de destilação é uma excelente alternativa para a nutrição animal, pois possui um bom nível de proteína e, dependendo da região do país, pode possuir um custo mais baixo. O DDG mais comum utilizado na alimentação de bovinos possui cerca de 30% de PB.

A nutrição animal é essencial e quando feita com componentes de qualidade e fornecida ao gado com o manejo adequado, tem seus benefícios repassados a carne. A nutrição animal desempenha um papel extremamente importante no desenvolvimento, na reprodução e no desempenho do gado de corte e leite. Uma dieta equilibrada e adequada às necessidades individuais do gado é essencial para maximizar seu potencial genético.

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