O aumento do nível do rio Guaíba, superando os 5,3 metros, desencadeou a expansão dos grãos, que começaram a inchar nos silos e armazéns. Um dos complexos afetados foi o da Bianchini, indústria de extração de óleos vegetais e produção de farelos a partir do processamento da soja; confira
A cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, enfrenta uma situação delicada desde o último sábado, dia 4, quando uma enchente encobriu parte da região. Além dos danos já esperados, como a destruição de casas e infraestruturas, um problema adicional surgiu: toneladas de soja armazenadas em complexos industriais aumentaram o volume de perdas devido à inundação.
O aumento do nível do rio Guaíba, superando os 5,3 metros, desencadeou a expansão dos grãos, que começaram a inchar nos silos e armazéns. Um dos complexos afetados foi o da Bianchini, indústria de extração de óleos vegetais e produção de farelos a partir do processamento da soja.
Localizada próxima aos bairros Mathias Velho e Harmonia, os mais atingidos pela tragédia em Canoas, a unidade da Bianchini viu suas estruturas serem comprometidas. Segundo Gustavo Bianchini, diretor corporativo da companhia, a água atingiu uma altura de 1,8 metro no armazém onde estavam armazenadas 100 mil toneladas de soja. O inchaço dos grãos pressionou a estrutura, resultando em rachaduras em quatro paredes do armazém.
Bianchini explicou que, embora seja difícil calcular exatamente as perdas, o impacto foi minimizado devido aos armazéns serem fechados. No entanto, é evidente que houve prejuízo. O comunicado oficial assinado pelo diretor-presidente da empresa, Arlindo Bianchini, afirmou que as operações estão momentaneamente afetadas, mas um plano de contingência está em execução para retomar as atividades assim que possível.
A capacidade total de armazenamento da unidade de Canoas é de 335 mil toneladas de grãos. Além disso, possui capacidade para armazenar 11 mil metros cúbicos de óleo, 24 mil metros cúbicos de biodiesel e 5 mil metros cúbicos de glicerina.
Entretanto, imagens compartilhadas em redes sociais e sites causaram confusão sobre a localização da Bianchini em Canoas. As imagens com silos metálicos avariados, na verdade, pertencem à estrutura da Oleoplan, empresa que também processa soja, mas não se localiza próxima ao terminal da Transpetro, igualmente inundado. Ainda não há confirmação sobre as perdas da Oleoplan.
Parte da soja avariada na Bianchini seria destinada à fabricação de óleo, enquanto outra parte seria para a produção de farelo, direcionada ao terminal da Bianchini no Porto de Rio Grande, onde a enchente ainda não causou prejuízos.
Em Rio Grande, a capacidade de armazenamento da Bianchini é de 75 mil metros cúbicos de graneis líquidos e 1,04 milhões de toneladas de grãos, com uma capacidade de esmagamento de 990 mil toneladas ao ano.
Apesar dos contratempos na cidade, a empresa reforçou seu compromisso com a segurança de sua equipe e assegurou dar todo o suporte necessário aos afetados pela enchente. A Bianchini, que conta com unidades em diversas cidades do Rio Grande do Sul, comercializa anualmente 2,5 milhões de toneladas de grãos, representando 14% da safra gaúcha e 2% da safra nacional.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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