Empresas de aves intensificam busca por mais fontes de energias renováveis

Levantamento mostra foco setorial não apenas em matriz energética limpa, como também naquelas que impactem positivamente o meio.

Empresas avícolas do país estão investindo no aumento da utilização de fontes renováveis para a produção do setor. É o que aponta um levantamento feito pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) junto a agroindústrias associadas do setor.

A pesquisa foi feita utilizando a metodologia adotada pelo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. A pesquisa contou com a adesão de empresas que representam, somadas, 2/3 da produção avícola nacional.

No universo amostral pesquisado, todas as empresas consultadas estão com programas implantados ou contam com estudos em andamento para o aumento da participação das energias renováveis na produção.

Cerca de 69% vem promovendo investimentos nos últimos três anos para aumento da participação da energia limpa e já tem projetos futuros, e daqueles que estão investindo, 56% não contam com qualquer subsídio para a implantação dos projetos.

Com relação à gestão, 63% das empresas monitoram entre 70% e 100% dos processos por meio de indicadores, de olho, em especial, na correção de falhas e redução de desperdícios.

“Há uma forte cultura de controle de origem da energia utilizada no setor, de ponta a ponta. Entre as empresas pesquisadas, não há nenhum caso de ausência total de conhecimento sobre suas fontes energéticas, o que é um importante indicador de como o setor entende seu relacionamento com seus suprimentos”, avalia Sula Alves, diretora técnica da ABPA.

Conforme o levantamento, 73% implantaram tecnologias para utilização de biomassa (incluindo biodigestores e outros). Há, entre as empresas, diversas implantando ações para redução de impactos ambientais por meio do suprimento energético, incluindo a implantação de fontes alternativas, como a energia solar.

Um dado curioso é a autonomia do setor: 75% das indústrias contam com garantia total de suprimento energético, o que deixa a produção de alimentos menos exposta às oscilações da rede energética.

“O estudo mostrou que há uma cultura já bastante avançada e em estágio evolutivo no que diz respeito ao controle das matrizes energéticas que tenham um papel efetivo na redução de emissões. Não se trata apenas de buscar uma matriz limpa, mas também de construir soluções que tenham em vista a geração de energia por meio da transformação do meio, como a biomassa. Este é um sinal sólido de como o setor trabalha com foco na sustentabilidade em seu tripé completo, do social, do econômico e do ambiental”, conclui o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: ABPA

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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