O uso do implemento, de acordo com simulações feitas pela empresa, pode gerar uma economia de R$ 67 por animal terminado. Confira abaixo os detalhes dessa novidade!
A Roboagro divulgou, nesta semana, uma nova versão de seu robô para nutrição de precisão e “sem desperdício” na suinocultura, o chamado Roboagro FlexFeed. A confiança nos resultados é tão grande que a empresa não cobra pelo equipamento, mas apenas um percentual do ganho de eficiência no consumo de ração.
O implemento automatizado distribui dois tipos de rações ao mesmo tempo, o que permite a transição entre as fases de engorda dos suínos com a diluição diária da dieta nutricional. O uso do implemento, de acordo com simulações feitas pela empresa, pode gerar uma economia de R$ 67 por animal terminado. Confira abaixo os detalhes dessa novidade!
O robô evita desperdícios com a alimentação e pode gerar uma economia de R$ 200 mil por lote de 3 mil animais, de acordo com simulações da empresa.
Outra vantagem importante é a padronização de carcaça dos animais. No modo convencional de nutrição, a variação do peso dos suínos em um mesmo alojamento pode chegar a 45%.
“Com o FlexFeed, conseguimos tratar cada animal de acordo com seu desenvolvimento, evitando desperdícios, melhorando a qualidade da carne e flexibilizando a liberdade de escolha da dieta indicada para cada animal.”
Ganho de eficiência
O uso do implemento, de acordo com simulações feitas pela empresa, pode gerar uma economia de R$ 67 por animal terminado, o que equivale a 10% dos custos com ração.
Considerando que a nutrição corresponde a até 80% dos custos de produção de suínos e que os preços da soja e do milho, componentes das rações, devem seguir em alta, essa economia é considerável para produtores e integradoras.
Esse tipo de manejo, automatizado e customizado, só é economicamente viável com os robôs, que percorrem toda a granja e permitem a inclusão de suplementos até para cuidados veterinários.
“Se fossemos colocar sensores em cada baia, ficaria muito caro e as outras formas de manejo não conseguem a uniformidade e assertividade do Roboagro.”
Robô de graça
O retorno econômico é tão garantido que o integrador não paga nada pelo implemento, sendo que a Roboagro recebe uma porcentagem sobre a economia gerada.
“Já temos mais de 1 mil robôs atuando no Brasil, que promovem bem-estar animal e rentabilidade nas granjas e que agora podem ter suas funções ampliadas com o FlexFeed”, orienta Molin.
O Roboagro Flexfeed também toca música clássica enquanto alimenta os suínos. De acordo com estudos de bem-estar animal, a música reduz o estresse e auxilia no ganho de peso dos animais.
A carne suína é a mais consumida no mundo e melhorar continuamente a qualidade da produção brasileira é um desafio para suinocultores e frigoríficos. Algumas das principais integrações de suínos no Brasil, já utilizam automação e robotização, sendo percebida significativa melhora na qualidade dos cortes de carne produzidos.
“Muito tem se falado da suinocultura 4.0, pois o setor precisou se modernizar e utilizar a tecnologia o seu favor para gerenciar de forma mais precisa as criações. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de suínos do mundo e essa mudança de patamar se faz necessária e urgente para que os fornecedores da carne se posicionem de forma competitiva nos mercados nacionais e internacionais”, pondera Molin.
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Retorno ambiental
Além dos benefícios econômicos, a nutrição de precisão promove ganhos ao meio ambiente. Isso porque quando o animal se alimenta com excesso de nutrientes, a quantidade de dejetos na granja aumenta, produzindo mais gases que vão para a atmosfera. “Com uma dieta adequada, temos redução de 60% da excreção de nitrogênio e fósforo.”
Em uma simulação feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o uso do Roboagro FlexFeed, considerando-se um robô em atividade, alimentando um lote de 3.000 animais, há a mitigação de 67 toneladas de CO² por ano. Como base de comparação isso equivale à compensação de um plantio de 333 árvores.
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