UP2Tech obtém certificação da Anatel para o iBoi e impulsiona a inovação no setor agropecuário; dispositivo monitora o gado em tempo real e envia dados para a nuvem
Tornar o gado uma alternativa viável a ser oferecida por pecuaristas como garantia em uma operação de crédito é o que espera a UP2Tech com o desenvolvimento de um produto de rastreamento de rebanho que identifica a localização exata dos animais por meio de um sistema GPS. Batizada de iBoi, a solução é uma evolução dos brincos colocados nos animais para identificá-los ao entrar e sair de uma fazenda.
A novidade é que a empresa anunciou a conquista da certificação oficial da Anatel para o iBoi, dispositivo inovador de monitoramento e rastreabilidade de rebanhos bovinos. Com essa aprovação, o produto está pronto para comercialização em larga escala, consolidando-se como uma solução estratégica para modernizar a gestão pecuária no Brasil.
Desenvolvido sob a liderança de Rodrigo Abreu (Kalu), o iBoi utiliza tecnologia de ponta baseada em IoT, integrando GPS e RFID para rastreamento de localização, além de funcionalidades como medição de temperatura e contagem de passos.
A solução foi testada com sucesso nas “Fazendas Conectadas” da TIM, em parceria com a FinPec, demonstrando seu potencial de aumentar a segurança, a eficiência e a sustentabilidade na gestão de rebanhos.
“A certificação da Anatel não é apenas uma validação técnica, mas uma abertura de portas para levarmos uma tecnologia robusta e acessível ao mercado agropecuário brasileiro”, afirma Rodrigo Abreu (Kalu), CEO da UP2Tech. “O iBoi representa mais do que inovação; ele traduz uma necessidade real do setor em termos de rastreabilidade e eficiência, com benefícios práticos tanto para o pequeno quanto para o grande produtor”.
Com a certificação, a UP2Tech está preparada para ampliar a oferta do iBoi em escala nacional, alinhando-se às crescentes demandas do mercado por tecnologia no agronegócio. A expectativa é que a inovação contribua significativamente para o faturamento da empresa. Em 2024, a UP2Tech faturou R$500 milhões e a projeção para 2025 é alcançar R$1 bilhão.
O monitoramento é realizado através de brincos de identificação. Os animais são catalogados com números gravados no acessório, que acompanha um pequeno tag eletrônico com RFID. Isso facilita a marcação do animal ao entrar e sair de uma fazenda. “Será possível saber se o animal passou por área desmatada, de garimpo, com febre aftosa, vaca louca. Usamos um algoritmo de inteligência artificial que consegue notar se o brinco foi retirado”, explica Kalu.
Rastreabilidade do gado brasileiro
O certificado vem em bom momento. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou em dezembro o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búbalos (PNIB), que promete modernizar a rastreabilidade do rebanho brasileiro.
A iniciativa, aguardada há duas décadas, será implementada de forma gradual até 2032 e tem como principal objetivo atender às exigências dos mercados internacionais e garantir maior segurança sanitária.
O PNIB representará um marco histórico para a pecuária nacional, que, apesar de sua importância global, carecia de um sistema padronizado e obrigatório de rastreabilidade individual. O plano começará a ser desenvolvido a partir de 2025 e prevê identificação individual de todo o rebanho bovino e bubalino brasileiro até 2032.
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