Empresa é a única do Brasil que fabrica, de forma seriada, equipamentos com tecnologia aeroespacial movidos a gasolina, para o mercado agrícola
O agronegócio está cada vez mais tecnológico, sempre buscando por soluções que ajudem a potencializar os resultados, já que o Brasil é um dos principais produtores do mundo. Pensando nisso, o empreendedor Luis Felipe Mellão fundou a ARYS, empresa brasileira de tecnologia aeroespacial, desenvolvendo e fabricando sistemas não tripulados para pulverização agrícola e também coleta de dados georreferenciados. A empresa está em pleno crescimento com projeções de aumentar de cinco a sete vezes o volume de produtos comercializados para 2022 e alcançar faturamento de R$ 100 milhões em 2023.
De 13 a 15 de outubro, a empresa irá apresentar seus produtos inovadores em Ribeirão Preto em stand na 13ª edição da Colorado Show, evento organizado pela Colorado Máquinas.
A ARYS inova no mercado como a única fabricante brasileira de drones movidos a gasolina para pulverização agrícola e para serviços de larga escala. As pesquisas se iniciaram há cinco anos com a missão de oferecer uma tecnologia de ponta acessível para todos de uma forma escalável e com baixo custo de operação.
“E um país como o Brasil, que tem dimensões continentais, muita diversidade agrícola, climática, e com sazonalidades de mercado complexas, percebemos logo no início que as tecnologias existentes no mercado internacional estavam longe de conseguir atender o Brasil com escalabilidade, qualidade e rentabilidade. Antes de fundar a empresa, eu acompanhava o setor agrícola para entender quais eram as necessidades do mercado. Nas últimas décadas, houve uma expansão horizontal agressiva na agricultura brasileira, o que dificulta a otimização de recursos para combater qualquer anomalia durante as safras e acaba resultando em ainda grandes perdas num setor que já não tem muita sobra nas margens”, explica Mellão, CEO da ARYS. que estará em Ribeirão Preto para apresentar os produtos da empresa na Colorado Show.
“Tínhamos que achar um jeito de criar soluções eficazes e constantemente alinhadas com as necessidades atuais do mercado. Os drones elétricos não têm autonomia o suficiente e um custo por hectare muito elevado para superar a fase dos early adopters e passar a ser adotado em massa”, completa.
Os sistemas utilizados pela aerotech são projetados de ponta a ponta, com foco na realidade dos clientes brasileiros, tornando os produtos mais performáticos. “Optamos pelos melhores componentes e matérias-primas e possuímos processos de fabricação de última geração, tanto aditivos, quanto subtrativos. Nosso desenvolvimento tecnológico também nos permitiu verticalizar radicalmente, proporcionando uma oportunidade excepcional para o crescimento da empresa, mantendo o custo do produto extremamente competitivo e uma performance superior à concorrência”, afirma o fundador da ARYS.
“A ARYS conta com um time especializado no setor aeroespacial e agrícola, possibilitando um diálogo com o agricultor, facilitando a compreensão das dificuldades desses profissionais no dia a dia e propondo soluções tecnológicas que hoje otimizam os processos no campo”, complementa Renato Franzoni, diretor de Tecnologia da empresa.
Economia
Um dos diferenciais dos drones pulverizadores produzidos pela ARYS é o fato de operarem a gasolina, diferentemente de outros do mercado que são movidos a bateria. Segundo Mellão, isso garante mais autonomia, pois conseguem voar por até 45 minutos, enquanto que os elétricos conseguem manter o voo, em média, por apenas 10 minutos. E também oferecem maior economia, já que um drone elétrico tem um custo variável de no mínimo R$ 40 por hectare, e os da ARYS custam de R$ 2,89 a R$ 4,67 por hectare, além de serem mais sustentáveis, pois não utilizam baterias, que hoje não são descartadas da forma mais adequada e acabam prejudicando o meio ambiente.
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“Por ser fabricado no Brasil, nosso drone tem um pós-venda local, o que se traduz em alta disponibilidade mecânica. Hoje nos comprometemos a entregar peças de reposição em até 48 horas”, destaca Mellão.
Por ser uma empresa verticalizada, a ARYS consegue oferecer 18 meses de garantia (o dobro dos drones importados). “E também, por termos domínio total do projeto, isso nos permite que avancemos na tecnologia, acompanhando o ritmo de inovações do mercado. E conseguimos também atualizar o software do produto de forma remota, igual um smartphone, sem precisar fazer a troca do mesmo”.
A primeira versão lançada pela empresa é o STRATUS H12, drone a combustão com capacidade de 12 litros, autonomia de 45 minutos de voo e aplicação de até 8 hectares por hora. A ARYS acaba de lançar o sistema de pulverização em linhas, método que acompanha cada linha de Meiosi (método inter ocupacional simultâneo), garantindo a eficiência de aplicação localizada, o que aumenta a produtividade e rendimento do plantio.
Recentemente, chegou também ao mercado o STRATUS H30, que tem como diferencial um tanque de 30 litros, a mesma autonomia de até 45 minutos de voo e rendendo até 16 hectares por hora. O H30 conta também com um sistema de dispersão de sólidos e sementes, com um tanque de 40 kg. “Por isso o H30 é também vantajoso para pecuaristas e projetos de reflorestamento em massa”, destaca o CEO da empresa.
Crescimento
A ARYS hoje se encontra em pleno crescimento, com planos de expansão nacional. O número de funcionários cresceu 11 vezes entre 2021 e 2022, passando de apenas 5 para 55. A empresa conta com escritório em São Paulo e sede em São Carlos, interior do Estado, onde opera a fábrica que produz os drones.
Até o final do ano, a empresa irá inaugurar uma nova planta e abrirá mais de 40 vagas de emprego, chegando à produção de 450 drones até o término de 2023. Hoje, a aerotech conta com uma carteira de clientes que inclui produtores rurais, prestadores de serviços e parcerias com grandes cooperativas, como a Copercana, que está entre as 90 maiores empresas do agro do país.
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