Emprego no campo tem o maior saldo positivo desde 2011

Soja, pecuária de corte e cana-de-açúcar foram os principais responsáveis pela geração de vagas com carteira assinada no ano passado.

A agropecuária acumulou em 2021 o maior saldo positivo de empregos formais desde 2011, de acordo com análise feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As admissões superaram as demissões em 140,9 mil entre janeiro e dezembro do ano passado.

Em 2011, o setor tinha gerado 85,6 mil postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com a CNA, o saldo de 2021 também é quase quatro vezes maior que o de 2020, quando o número de contratados foi 36,6 mil maio que o de dispensados.

Na avaliação dos técnicos, o resultado poderia ter sido ainda melhor, não fosse a lenta recuperação da economia, ainda sob os impactos da pandemia de Covid-19. “Para 2022, poderemos esperar a criação de mais vagas de emprego, mas talvez em um ritmo um pouco mais lento do que o observado em 2021, que contou com o retorno ao mercado de trabalho de muitas pessoas que perderam seus postos em 2020”, diz a CNA, em nota.

No comunicado técnico, a Confederação informa que os segmentos de cultivo de soja, bovinos para corte e cultivo de cana-de-açúcar foram os que mais contribuíram para o resultado positivo da agropecuária, que, no total, respondeu por 5,2% da geração total de empregos com carteira assinada no país no ano passado.

De acordo com a CNA, o resultado positivo no acumulado do ano foi obtido mesmo com perdas de vagas formais em três dos 12 meses do ano passado. Em dezembro, por exemplo, acompanhando os demais setores da economia contabilizados no Caged, a agropecuária registrou 26,073 mil demissões a mais do que as contratações, o que, de acordo com os técnicos da Confederação é um resultado “normal” considerando a sazonalidade do setor.

Na divisão por região do Brasil, o Sudeste foi a que mais gerou novos postos de trabalho na agropecuária no ano passado, com um saldo de 79 mil empregos, seguido pelo Nordeste (20,7 mil) e Centro-Oeste (17,8 mil). As regiões Sul e Norte totalizaram 8,8 mil e 8,1 mil novas vagas em 2021, respectivamente.

Fonte: Reuters

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