Agro ocupou o segundo lugar em abril, ao empregar 14.648 trabalhadores celetistas, contabilizando alta de 0,95% na comparação entre empregados versus desempregados.
A agropecuária é o único setor da economia brasileira, entre os oito pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), com saldo positivo na ocupação de postos de trabalho com carteira assinada, nos últimos 12 meses: 0,59% no acumulado de abril de 2016 a igual mês deste ano.
Esse desempenho foi favorecido, especialmente, pelo resultado de abril, quando o agro ocupou o segundo lugar, ao empregar 14.648 trabalhadores celetistas, contabilizando alta de 0,95% na comparação entre empregados versus desempregados. Ficou atrás somente do setor de serviços, que alcançou a marca de 24.712 empregos (+0,15%).
O resultado da agropecuária também é o melhor desde 2014, quando o saldo de abril ficou positivo em 20.859 vagas celetistas. Outros números também mostram o bom desempenho desse importante setor da economia brasileira.
No ano de 2017, acumula um saldo positivo de 29.131 vagas com carteira assinada, alta de 1,9% em comparação a igual período do quadrimestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, contabiliza também um desempenho de 8.992 empregos celetistas (+0,59%). Nesse último comparativo, o agro é o único que alcançou resultado positivo, entre os oito setores pesquisados pelo Caged.
É importante destacar que, entre janeiro e abril de 2017, em comparação a igual período do ano passado, a agropecuária acumula um aumento de 1,90%, ficando atrás somente da administração pública (1,91%) e à frente de serviços industriais de utilidade pública (0,49%), indústria de transformação (0,45%) e serviços (0,33%).
Esses cinco setores, dentre oito pesquisados todos os meses pelo Caged/MTPS, são os únicos com saldo positivo neste ano, na porcentagem que confronta empregados versus desempregados.
OPINIÃO
Para o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Hélio Sirimarco, com o crescimento do agronegócio, nos últimos anos, há maior demanda por mão-de-obra no campo.
“Foram 14.648 vagas em um período de colheita de uma safra de verão recorde e de plantio das safras de inverno. Além disso, a Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17 de março pela Polícia Federal, não causou impactos na geração de empregos na zona rural”, salienta Sirimarco.
De acordo com o vice-presidente da SNA, “é importante lembrar que o setor agropecuário foi responsável pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2017, segundo dados do Bacen (Banco Central do Brasil”.
Ele ainda destaca, como fator determinante para a geração de empregos no campo, os estudos feitos pelo United States Department of Agriculture (USDA) – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em português – comprovam que o Brasil é um dos países em que a produtividade mais cresce.
“De 2006 a 2010, conforme o USDA, o rendimento do agro cresceu 4,28% ao ano, no Brasil. Na sequência, aparecem China (3,25%), Chile (3,08%), Japão (2,86%), Argentina (2,7%), Indonésia (2,62%), Estados Unidos (1,93%) e México (1,46%)”, exemplifica Sirimarco. Veja dados completos em http://sna.agr.br/?p=49009.
Na opinião dele, “se um setor se apresenta como mais produtivo é natural que a geração de novos empregos siga essa linha de crescimento”. “E mais uma vez é a prova de que o agronegócio tem sustentado, há um bom tempo, a economia brasileira.”
Por equipe SNA/RJ