O campeão do Cesb 2023 alcançou uma produtividade de 134,46 sacas de soja por hectare auditado, destacando-se pelaredução de impactos ambientais.
A soja desempenha um papel crucial na economia brasileira, e para reconhecer o esforço dos agricultores que se dedicam intensamente ao cultivo, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), premia as lavouras que alcançam os maiores rendimentos médios por hectare.
Na competição deste ano, a ênfase recaiu não apenas na produtividade, mas também na sustentabilidade, incluindo a redução da pegada de carbono e o uso eficiente de recursos naturais e do solo. Os grandes vencedores desta edição, em 2023, foram João Lincoln Reis Veiga, produtor, e Gerson Justo Júnior, consultor, ambos da Fazenda Congonhal, situada em Nepomuceno, Minas Gerais. Eles conquistaram a notável marca de 134,46 sacas de soja na área auditada, na categoria cultivo Sequeiro/Nacional e cultivo Sequeiro/Sudeste.
Além de uma produtividade que ultrapassa mais que o dobro da média nacional, a ênfase na sustentabilidade marcou presença nos talhões inscritos no Desafio.
“O vencedor desta premiação, em sua categoria, é aquele que alcança uma produção de soja sustentável e rentável. Ou seja, é capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, diminuir a quantidade de produtos químicos no solo e otimizar o consumo de água, ao mesmo tempo em que assegura uma elevada produtividade”, destaca Vitória Lanes, especialista de Sustentabilidade Aplicada na Fundação Eco+. As avaliações dos concorrentes ao prêmio são conduzidas por essa instituição.
Diminuição da emissão de carbono na produção de soja
Vitória compartilha que, para cada quilo de soja produzida pelo campeão nacional de 2023, houve uma significativa redução em vários aspectos ambientais e econômicos. “Quando consideramos a pegada de carbono, por exemplo, o impacto foi 61% menor do que a média dos demais competidores”.
Segundo ela, esse desempenho é resultado da produtividade, que supera em 55% a média da Região Sudeste. Isso implica que a área de cultivo necessária para produzir 1 kg de soja é menor, resultando em emissões de CO2 reduzidas decorrentes de possíveis mudanças no manejo da terra. “Isso reflete no consumo de fertilizantes, que foi 78% menor do que a média da categoria”, destaca.
Lorena Moura, coordenadora técnica do Cesb, destaca que os elevados índices de produtividade e sustentabilidade apresentados pelos vencedores estimulam os profissionais da sojicultura a adotarem e aprimorarem práticas de cultivo inovadoras. Essas práticas buscam extrair o potencial máximo da cultura em suas fazendas.
“A cada safra, observamos um aumento no uso do sistema de plantio direto, de microrganismos para impulsionar a fixação biológica de nitrogênio, de produtos biológicos e de tecnologias para otimizar o uso racional dos insumos. Essas práticas impulsionam o aumento dessas produtividades de maneira sustentável”, comenta Moura.
VEJA TAMBÉM:
- Entenda: COP28 avalia ação de países contra aquecimento global
- Deputados querem o fim do diploma para Veterinários
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.