Embrapa monta biofábrica para capacitar produtores na produção de bioinsumos

Unidade piloto também servirá para pesquisas na área e formação de uma rede de desenvolvimento de novos produtos.

Com 120 metros quadrados e um investimento de R$ 2,1 milhões, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Milho e Sorgo montou uma biofábrica modelo para produção de bioinsumos em Sete Lagoas (MG). A ideia é que a estrutura sirva de apoio a produtores rurais e também empreendedores interessados em entrar no mercado de bioinsumos. 

O primeiro workshop na biofábrica piloto deve começar em fevereiro de 2025. Além da parte física, a pesquisadora e uma das responsáveis pelo projeto, Maria Marta Pastina, conta que essas capacitações servirão para mostrar os processos para a fabricação desses produtos, apresentando os equipamentos usados, as etapas de produção, os controles de qualidade e de segurança, além dos custos para a montagem. 

Bezerro e o boi gordo, até quanto pagar?

“Além de toda a parte técnica, biológica, de controle de qualidade, de segurança, fizemos também o estudo de viabilidade econômica, para que a pessoa que busca empreender ou que busca instalar uma biofábrica ela já possa entender quais são os custos”, comenta Pastina ao Agro Estadão.

O estudo dos custos levou em consideração a produção de 15 mil litros por mês de biodefensivo à base da bactéria Bacillus thuringiensis, que tem um poder de atuação no combate a lagartas. Com isso, o retorno esperado seria de R$ 18 milhões anuais, sendo 180 mil litros ao ano vendidos a R$ 100 o litro. 

A estrutura física da unidade piloto tem os 120 metros quadrados divididos em: laboratório de qualidade e processos; sala de fermentação, sala de estoque de insumos e sala de armazenamento dos produtos finalizados. 

Fermentador. Foto: Jean Pinho/Embrapa Milho e Sorgo
Imagem microscópica dos esporos de bactérias. Foto: Sinval Lopes/Embrapa Milho e Sorgo
Análise de bactéricas. Foto: Sinval Lopes/Embrapa Milho e Sorgo

Uso para pesquisa e rede de colaboração

A biofábrica modelo também tem outras finalidades, como acrescenta a pesquisadora Pastina. “São três objetivos principais: o primeiro é ter uma estrutura piloto, onde vamos realizar atividades de pesquisa; o segundo seria capacitar produtores, técnicos, agentes de extensão rural e outros profissionais sobre a produção de inoculantes; o terceiro é captar novos parceiros”.

As pesquisas devem caminhar para o lado do descobrimento de novas cepas de microrganismos capazes de ter algum uso na agropecuária, seja como estimulantes seja para controle de pragas e doenças. 

Já no caso da captação de novos parceiros, a Embrapa espera atrair empresas que desenvolvam novos produtos em parceria com a entidade. Além disso, há expectativa de que se forme uma espécie de rede para a pesquisa e desenvolvimento desses novos bioinsumos, independentemente do porte da empresa que queira ser parceira da Embrapa.   

“Nós temos a intenção de realizar uma aliança com parceiros privados que tenham interesse em desenvolver novos produtos que ainda não existem no mercado em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo”, diz a pesquisadora.

Como entrar em contato?

Pastina afirma que ainda não há uma data precisa em fevereiro para o início das capacitações na biofábrica, mas os interessados já podem entrar em contato com a unidade da Embrapa. O mesmo contato vale para quem quiser firmar alguma parceria de estudo e pesquisa nessa área. 

  • Telefones: (31) 3027-1223 / (31) 3027-1918
  • E-mail: milho-e-sorgo.imprensa@embrapa.br
  • Site: Embrapa Milho e Sorgo

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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