A forte alta no preço deste item fez com que a alimentação volumosa registrasse inflação cinco vezes mais que a inflação do mês.
Pelo segundo mês consecutivo, o custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou elevação. No mês de junho foi de 0,7%. No acumulado do primeiro semestre do ano, contudo, ainda há deflação de custos, de -2,5%. Nos últimos doze meses, o custo de produção de leite cresceu 1,6%.
Volumosos puxou a elevação de custos
Ao contrário do mês de maio, que registrou elevação generalizada de custos, no mês de junho, três dos sete grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa tiveram variações positivas de preços. Mas, somente o grupo Volumosos contribuiu com a inflação, com alta de 3,6% no mês, motivada pela elevação dos custos do adubo. A forte alta no preço deste item fez com que a alimentação volumosa registrasse inflação cinco vezes mais que a inflação do mês.
Os grupos Sanidade e reprodução, com alta de custos de 0,5% e Qualidade do leite, com 0,2%, embora com variação positiva, tiveram variação abaixo da inflação registrada.
Dois grupos, Minerais e Mão de obra, não registraram variação de custos em junho, enquanto que, Concentrado e Energia e combustível registraram, cada um, queda de -0,2% na variação de custos. Os dados constam do Gráfico 1.
O primeiro semestre do ano fechou com deflação de preços de -2,5%, motivada pela forte queda nos custos do grupo Concentrado, que acumulou retração de -11,8% no período. Também o grupo Qualidade do leite, apresentou queda de custos, com variação acumulada de -2,3%, seguido pelo grupo Minerais, com restrita queda de -0,4%.
Em sentido contrário outros quatro grupos de custos, que compõem o ICPLeite/Embrapa, apresentaram inflação. Energia e combustível acumulou 6,8% no primeiro semestre, seguido de perto por Mão de obra, com 5,7%. O grupo Sanidade e reprodução teve variação de 4,4% e Volumosos, apresentou 2,7% de elevação de custos. Os dados constam do Gráfico 2.
No acumulado em doze meses, a variação dos custos de produção foi de 1,6%, com quatro grupos apresentando crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Energia e combustível, com 8,5% de variação acumulada, enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra, com 5,7% no período. O grupo Sanidade e reprodução acumulou aumento de 5,0% e Volumosos, outro item de peso elevado no cálculo do ICPLeite/Embrapa, teve variação de 4,2%, conforme Gráfico 3.
O Gráfico 4 mostra a variação mensal do ICPLeite/Embrapa. De junho a outubro de 2023 os custos mantiveram-se estáveis. A partir daí, ocorreu uma forte elevação até janeiro de 2024, quando os preços caíram de maneira intensa, até abril, iniciando um novo período de crescimento.
Fonte: Embrapa Gado de Leite
VEJA TAMBÉM:
- Reforma tributária: governo vai insistir na inclusão de armas no ‘imposto do pecado’
- Safra de soja 24/25 acima de 170 milhões de toneladas é estimada por consultoria
- Com demanda abaixo do esperado, preços dos ovos seguem enfraquecidos
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.