Embrapa apresenta parceria inovadora que estuda bacias hidrográficas brasileiras

A colaboração entre as instituições busca desenvolver práticas agrícolas e ambientais que possam reduzir o impacto das atividades humanas sobre as bacias hidrográficas.

Embrapa, Itaipu Binacional, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar-Emater/IDR-Paraná) e Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) firmaram uma parceria estratégica para a preservação e recuperação das bacias hidrográficas no Brasil. As instituições estão conduzindo o projeto “Ação Integrada de Solo e Água (Aisa)”, que visa integrar conhecimentos científicos e tecnologias avançadas para promover a sustentabilidade e a conservação dos recursos hídricos nacionais.

Os trabalhos de pesquisa nas bacias de Mato Grosso do Sul estão sendo apresentados no estande da Embrapa na 27ª edição da Showtec, em Maracaju, MS, de 21 a 23 de maio. São trabalhos relacionados ao mapeamento digital e de atributos físico-hídricos dos solos, das bacias dos rios sul-mato-grossenses Iguatemi, Amambai e Ivinhema, para fins de modelagem hidrológica, manejo e conservação de solo e água.

8 estratégias para maximizar a eficiência na produção de Algodão

Os pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste (MS) Júlio Cesar Salton e da Embrapa Solos (RJ) Luís Carlos Hernani, que coordena o projeto em  Mato Grosso do Sul, explicam que a colaboração entre as instituições busca desenvolver práticas agrícolas e ambientais que possam reduzir o impacto das atividades humanas sobre as bacias hidrográficas. “O objetivo é garantir a qualidade da água e a biodiversidade local”, dizem. Também fazem parte da equipe colaboradores de mais 22 instituições de ensino e pesquisa brasileiras, a exemplo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ).

O projeto abrange os temas solos, agrometeorologia, sistemas produtivos sustentáveis na agropecuária, hidrossedimentologia e hidrogeoquímica de bacias hidrográficas nacionais. As pesquisas possuem diversas ações, incluindo o monitoramento da qualidade da água, a implementação de técnicas de manejo do solo e a recuperação de áreas degradadas. “Juntas, as instituições pretendem criar um modelo de gestão sustentável que possa ser replicado em outras regiões do Brasil, promovendo a conscientização e o engajamento das comunidades locais na preservação dos recursos naturais”, diz Salton.

O pesquisador explica que, quando ocorrem chuvas intensas ou mesmo a longo prazo, em áreas em que os sistemas de produção agropecuários não são realizados com as estratégias de manejo sustentáveis, podem ser gerados volumes significativos de escoamento superficial. Como consequência, há a degradação da estrutura do solo e a redução da sua capacidade de infiltração. “Em casos em que a degradação do solo na bacia hidrográfica é maior, podem ocorrer picos de vazão, de fluxo e transporte de sedimentos para os rios, no período das chuvas, sucedidos por uma redução drástica das vazões, nos períodos de seca”.

A ideia do projeto é estudar os solos e o seu comportamento para que seja possível melhorar o cálculo do volume de água que chega no reservatório da Itaipu após a ocorrência de uma chuva. Com esse conhecimento pode-se tomar medidas preventivas, trazendo vantagens para a Itaipu e para toda a sociedade que depende do manejo e da conservação do solo e da água”, explica Hudson Lissoni Leonardo, da Divisão de Apoio Operacional da Itaipu Binacional.

“Compreender o solo e seu comportamento é essencial não apenas para a agricultura sustentável e livre de erosão, mas também para a produção de energia elétrica. As águas dos reservatórios dependem do cuidado com toda a área das bacias contribuintes”, explica Luis Carlos Hernani.

Unidades da Embrapa

Cinco Unidades da Embrapa, localizadas em diferentes cidades, participam dessa ação: Agropecuária Oeste (Dourados/MS), Florestas (Colombo/PR), Gado de Corte (Campo Grande/MS), Soja (Londrina/PR) e Solos (Rio de Janeiro/RJ), sendo cada uma delas responsável por uma atividade do projeto. O projeto está estruturado em 13 portfólios de pesquisa.

Colaboradores Externos do AISA

● Instituto Federal do Paraná (IFPR);

● Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);

● Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);

● Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

● Universidade Federal de Santa Catarina

● Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP/ESALQ, Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA entre outras unidades);

● Universidade Estadual de Maringá (UEM);

● Universidade Federal do Paraná (UFPR);

● Universidade Estadual do Oeste do Parana (UNIOESTE);

● Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Instituto Federal do Mato

Grosso do Sul (IFMS);

● Universidade de Minnesota, USA;

● Rutgers, The State University of New Jersey, USA;

● Semagro (MS);

● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);

● Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (FETAEP);

● Fundação Parque Tecnológico ITAIPU (FPTI);

● Rede de Agropesuisa Paraná;

● Associação PAranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH)

● Cooperativas Agroindustriais;

● Municípios do território do projeto;

VEJA TAMBÉM:

ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM