“Essas cultivares sustentam altos índices de tecnologias, com predominância de cultivares transgênicas e já alguns híbridos com tolerância ao déficit hídrico”.
A Embrapa Milho e Sorgo todo o ano faz um levantamento e uma análise das cultivares de milho lançadas no mercado a cada safra. Para a safra 2022/2023, o estudo se repetiu, evidenciando que o cultivo do milho requer na atualidade uma continuada dinâmica do melhoramento genético, e necessita de revisões para os diferentes sistemas de produção desenvolvidos para cada propósito e região de cultivo no Brasil.
A análise foi realizada pelos pesquisadores Emerson Borghi e Israel Alexandre Pereira Filho. Eles relatam que o levantamento analítico e sistematizado de cultivares coloca o produtor em contato com os novos e disponíveis híbridos de milho.
“Essas cultivares sustentam altos índices de tecnologias, com predominância de cultivares transgênicas e já alguns híbridos com tolerância ao déficit hídrico. Alguns estudos insipientes relatam possível tolerância ao frio das plantas de milho. Essas sementes conferem um amplo espectro de resistências às pragas da parte aérea e do sistema radicular e às moléculas dos herbicidas glifosato e glifosinato de amônio”, explicam os pesquisadores
Segundo eles, novos eventos transgênicos são lançados a cada ano no Brasil, demonstrando que as empresas estão buscando soluções como resistência às principais lagartas que atacam a cultura do milho, cultivares com tolerância ao déficit hídrico e tolerância às doenças, visando assim proporcionar maiores índices de produtividades para os agricultores.
“O levantamento das novas cultivares para a safra 2022/2023 evidenciou informações semelhantes aos levantamentos anteriores, ou seja, cultivares mais adaptadas às condições regionais e com direcionamento ao mercado consumidor com diferentes opções de uso. Cultivares de ciclo precoce continuam sendo as mais demandadas pelo mercado, tanto para cultivo de verão quanto para o cultivo de outono ou safrinha”, descrevem Borghi e Pereira.
Eles avaliam que “informações relevantes para o mercado consumidor, tais como coloração e textura do grão, ajustes no estande de plantas e o nível tecnológico das sementes dentre outras, estão cada vez mais evidentes e são levadas em consideração para o posicionamento correto das cultivares, em função das características das regiões produtoras e das oportunidades mercadológicas que estão surgindo”.
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Para os pesquisadores, fica evidente que as empresas levam em consideração fatores além das características agronômicas para colocarem à disposição dos produtores seu portfólio de novas cultivares. “As reações sobre as principais doenças que atacam a cultura, a expansão da área cultivada de milho, em especial em segunda safra, e questões de mercado, principalmente as que visam potenciais parceiros comerciais, são informações relevantes para o posicionamento de materiais que possam apresentar, ao mesmo tempo, as exigências de mercado e a dos compradores. Podemos citar como exemplo a coloração e a densidade dos grãos, importantes para a indústria alimentícia animal”, explicam, ampliando: “Tanto para o mercado e quanto para o produtor o levantamento de cultivares deve estar pautado nas características agronômicas e na relação das cultivares com as principais doenças”, concluem Borghi e Pereira.
Fonte: Ascom Embrapa Milho e Sorgo
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