Só no último fim de semana foram embarcados 20 mil animais no Porto de Rio Grande, com destino à Jordânia. Setor reclama da falta de animais para abate.
O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) divulgou nesta sexta-feira (03), um documento manifestando preocupação com a previsão de exportação de um grande volume de gado vivo ainda em 2020. A expectativa para este ano é de exportar mais de 200 mil animais.
No documento, dirigido a políticos e empresários, os dirigentes apontam que quando o estado vende gado vivo para outros países, deixa de gerar empregos, renda e impostos na indústria da carne e de outros setores como coureiro calçadista, de móveis, limpeza, cosméticos e outros que utilizam a matéria-prima dos frigoríficos em suas produções.
“Quando falamos em frigorífico, a parte mais visível é a carne. Mas é uma atividade que movimenta diversos setores da economia”, explica Ronei Lauxen, presidente do Sicadergs.
De acordo com o documento, o volume que deverá ser exportado este ano é suficiente para suprir cinco frigoríficos médios, que geram 1,5 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.
“Só em ICMS relacionado à carne, o Rio Grande do Sul deixa de arrecadar R$ 25 a 30 milhões”, estima Lauxen.
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O Sicadergs acredita que o caminho correto seria estimular a permanência desta matéria-prima em solo gaúcho. O estado possui plantas habilitadas a exportar para países como Turquia e Jordânia, os principais destinos destas cargas.
“Existe o fator religioso, já que o abate para países islâmicos é diferenciado, mas a exemplo do que ocorre na indústria de aves e suínos, esse tipo de abate também pode ser feito por aqui”, finaliza Ronei.
Fonte: Canal Rural