Em meio às decisões de plantio para próxima safra, governo volta a falar em importações de arroz

Declarações recentes indicam que o governo “está longe de desistir” da importação do grão para aumentar a oferta interna.

O mercado do arroz no Brasil está atualmente estagnado, com negócios em segundo plano e os preços mantendo-se nominais. “O foco dos agentes da cadeia produtiva permanece nos preparativos para a próxima safra, refletindo uma abordagem cautelosa em meio às incertezas que pairam sobre o setor”, pontua o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

“Um fator significativo para essa incerteza é a recente postura do Governo Federal, que voltou a sinalizar a intenção de intervir no mercado de arroz”, comenta o analista. Declarações recentes indicam que o governo “está longe de desistir” da importação do grão para aumentar a oferta interna, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país, com o objetivo de reduzir os preços considerados elevados. “Tal política tem gerado preocupações crescentes entre os produtores, que veem a insistência na intervenção como um enorme desincentivo, especialmente em um momento delicado em que muitos ainda se recuperam dos prejuízos causados por eventos climáticos extremos no Sul neste ano”, pondera.

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No cenário de exportações, apesar do real desvalorizado, o ritmo permanece bastante lento. O último relatório de embarques nos portos brasileiros, o line up, mostra que cerca de 13 mil toneladas de arroz branco estão programadas para embarque rumo à Venezuela, enquanto aproximadamente 104 mil toneladas do produto beneficiado devem chegar da Tailândia até o fim do mês. Em junho, cerca de 73 mil toneladas de arroz (base casca) foram efetivamente embarcadas.

Os preços, de qualquer forma, seguem firmes. A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (11) cotada a R$ 115,90, apresentando um avanço de 0,54% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 1,15% e um aumento de 40,99% quando comparado ao mesmo período de 2023.

Fonte: Agência Safras

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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