Forte valorização no acumulado de janeiro a julho deve-se sobretudo ao aquecimento das exportações de carne bovina, diz Imea. Confira!
Em julho, o boi gordo a prazo subiu 3,4% no Mato Grosso, enquanto que o valor da fêmea teve valorização de 4,4%, fechando o mês com valor médio de R$ 193,32/@ e R$ 182,13/@, respectivamente, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ao analisar o movimento do mercado em relação ao mesmo período do ano anterior (em termos nominais), os aumentos são ainda mais expressivos: o boi gordo subiu 36,78% e a vaca gorda, 37,61%, acrescenta o Imea.
A menor disponibilidade de animais, intensificada pela retenção de fêmeas, e exportações aquecidas nos últimos meses são os fatores que vêm ditando esse ritmo do mercado, diz o instituto.
No acumulado de janeiro a junho, Mato Grosso exportou 220,18 mil toneladas em equivalente carcaça, o que corresponde a 35,16 mil toneladas a mais que nos seis meses de 2019. Para julho, relata o Imea, os volumes de embarques brasileiros até a quarta semana do mês indicam que continuarão satisfatórios, uma vez que foram embarcadas 136,42 mil toneladas de carne in natura, volume 2,43% superior ao resultado de julho de 2019.
Liderança brasileira
O relatório divulgado nesta terça-feira pelo Imea chama a atenção para o avanço da liderança do Brasil nas exportações mundiais de carne bovina, conforme dados divulgados recentemente pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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Os novos dados demonstram que, neste ano, o Brasil poderá exportar 2,55 milhões de toneladas, 50 mil toneladas a mais que o volume estimado no primeiro relatório do USDA. Além de permanecer disparado na frente dos demais países, este montante é 10,2% superior ao resultado de 2019, cenário que sustenta as boas perspectivas para o segundo semestre do ano, destaca o Imea.
Além disso, um dado que chamou a atenção foi a queda das exportações norte-americanas em relação à primeira divulgação: no comparativo entre as duas, o decréscimo foi de 7,75%. Este movimento pode ser explicado pela menor produção ocasionada pela crise da Covid-19, além da menor demanda de importantes compradores da proteína, observa o Imea. “Essa queda também abriu espaço para a Austrália e Índia subirem para o segundo e terceiro lugares, respectivamente, no ranking, mas isso não traz preocupações ante a competitividade brasileira”, relata o Imea.
Fonte: Imea