A expectativa é que a produção de todos os tipos de grão, por outro lado, alcance uma alta histórica, com 310 milhões de toneladas.
Uma estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) aponta que, ao final da safra em 2023, algo que não acontece há 25 anos pode voltar a ocorrer: a produção de arroz no Brasil deve ficar abaixo de 10 milhões de toneladas. Por outro lado, a produção do feijão deve se manter em patamares parecidos aos das últimas três décadas, com 2,9 milhões de toneladas. A redução histórica pode ser explicada pelo avanço da soja e do milho.
Segundo informações de especialistas, a falta de incentivos ao plantio de arroz e feijão pode trazer riscos para a segurança alimentar e aumentar o preço desses produtos. A expectativa é que a produção de todos os tipos de grão, por outro lado, alcance uma alta histórica, com 310 milhões de toneladas. Esse número é impulsionado pela soja e milho, que são negociadas em bolsas de valores internacionais e exportadas como ração para animais de criação, como bois e porcos, e são matérias-primas para a indústria.
Produzidos em boa parte pela agricultura familiar, o arroz e o feijão são focados em abastecer o mercado brasileiro. Seus preços variam conforme o tamanho da produção, com a procura e negociações entre agricultores e a indústria.
A diminuição da produção do feijão e do arroz segue a redução da área plantada dessas culturas, estimada em 30% nos últimos 16 anos. No mesmo período, a de soja quase dobrou (+86%), ao passo que o milho avançou 66%. Essa disputa por espaço entre as culturas é apontada como o principal motivo por trás da perda do protagonismo do arroz e feijão. Outra causa é a diminuição do consumo desses grãos. Apesar da queda da área plantada, o aumento da produtividade faz com que não esteja faltando arroz e feijão nos supermercados.
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