A projeção demonstra a grande importância de se profissionalizar. A gestão, planejamento, uso de tecnologias e investimento são a chave para se manter na atividade.
Ao menos quatro em cada dez pecuaristas brasileiros correm o risco de sair de sua atividade dentro dos próximos 20 anos. A projeção é do consultor de gestão de projetos de pecuária de corte, Francisco Vila. A restrição, no entanto, não afetará o atendimento às crescentes demandas – interna e externa – por carne bovina.
“Não é um problema econômico ou de mercado. Os 60% vão produzir toda a carne necessária para o mundo, mesmo antecipando a projeção de crescimento de 20% ao ano. Os pecuaristas vão fazer mais com o mesmo. Ainda que com menor número de produtores, menor área de pasto, nós sempre vamos produzir mais, melhor carne e carne mais segura com preço menor”, ponderou o consultor.
Segundo Vila, a razão para a falência de 40% dos produtores de carne bovina é que eles não estão preparados para o dinamismo da atividade, e mesmo quem pode estar preparado não está disposto a mudar seu jeito de fazer negócio.
“Os 40% estão errando porque estão aplicando a velha hipótese de que aquilo que estava bom no passado será bom no futuro, em time que vence não se mexe. Este realmente não é o modelo certo. Já os outros 60% entenderam, observaram as adaptações, os sinais dos tempos de que tudo está mudando o tempo todo”, destacou.
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A pecuária sustentável, de acordo com Vila, será protagonizada por produtores que combinarem tecnologia com gestão de componentes diversos de sua atividade, como animais, máquinas, pessoas e redes.
“Este é o grande desafio e muita gente não está preparada para isso”, alertou.
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Fonte: Giro do Boi