Egito deve enviar 200 mil t de fertilizantes pelo Paraná

Após visita, empresários do Egito devem intensificar movimentação de fertilizantes pelo Paraná; A meta é chegar a descarregar cerca de 200 mil toneladas em 2023.

Com objetivo de estreitar os laços para aumentar a movimentação dos adubos pelos portos paranaenses, uma comitiva de exportadores de fertilizantes egípcios, representantes da maior produtora de rocha fosfática do país, visitou nesta sexta-feira (27) a Portos do Paraná. O grupo foi recebido pelas equipes das diretorias de Operações e de Desenvolvimento Empresarial.

“O Egito é um importante exportador de fertilizantes para o Brasil e importador de grãos”, disse o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Junior. Segundo ele, o estreitamento dos laços é muito interessante para criar ainda mais solidez nessa relação. “Ainda mais quando esses usuários vêm conhecer a eficiência das nossas operações”.

Silva Junior ainda acrescenta que o Porto de Paranaguá tem grande expertise na descarga dos granéis sólidos de importação. “Temos operadores muito qualificados e infraestrutura marítima e terrestre, de primeira, além de oferecermos custos bastante competitivos”, disse.

Os portos paranaenses são as principais portas de entrada para os fertilizantes importados pelo Brasil: cerca de 27,5% de tudo o que chega de adubo do Exterior.

ROTEIRO

O grupo chegou a Paranaguá por volta das 10h e foi recepcionado no edifício Dom Pedro II, sede operacional da Portos do Paraná. Depois de uma breve apresentação, visitou o cais comercial, principalmente os berços dedicados à descarga dos fertilizantes.

“As visitas empresariais, tanto de comitivas brasileiras quanto dos outros países, são sempre bem-vindas”, afirma o gerente de Desenvolvimento Empresarial, Luciano Rosina. Segundo ele, é uma oportunidade para o porto mostrar a qualidade dos serviços prestados, impulsionando novos negócios e prospectando cada vez mais novos clientes e usuários.

COMITIVA

No total, 11 pessoas, incluindo Giancarlo Rocco, diretor de Relações Internacionais e Institucionais na Invest Paraná, integravam a comitiva.

Dois brasileiros do grupo representam a Ourogran Fertilizantes, empresa com sede em Curitiba. Os outros oito pertencem à empresa egípcia Misr Phosphate, com sede no Cairo, maior produtora de rocha fosfática do Egito. Entre eles, o vice-presidente da companhia, Tarek Emam Salama Mohamed Ahmed.

Segundo Claudemir Vulczak, da Ourogran Fertilizantes, a empresa egípcia opera com sucesso pelos Portos do Paraná. “Em outubro, trouxemos 11 mil toneladas de fertilizantes. E temos um navio em rota, com mais 29 mil toneladas, que vai descarregar em Antonina”, afirma. A meta é chegar a descarregar cerca de 200 mil toneladas em 2023.

COMÉRCIO BILATERAL 

O Egito é o 9º país de origem em volume de importações nos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2022, do país, foram cerca de 500 mil toneladas de cargas, principalmente fertilizantes fosfatados.

Além de importante exportador de fertilizantes, o país também é relevante como importador de produtos brasileiros. É o 8º destino das exportações que saem pelo Porto de Paranaguá. Em 2022, para o país, foi embarcado quase 1 milhão de toneladas de carga. Entre elas, principalmente, milho, açúcar, carne (frango) e celulose.

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