A empresa Ponta, fusão da GA+Intergado, lança catálogo listando os animais que são destaque em avaliações genéticas para Eficiência Alimentar; também listou os criatórios
A cadeia produtiva da pecuária é formada por diferentes segmentos que, apesar de serem complementares, atuam de forma independente. Cada um tem necessidades e desafios específicos, mas no fundo, compartilham o mesmo propósito: fazer a pecuária melhor e mais forte! Para cumprir este propósito, todos – pesquisadores, criadores e pecuaristas – convergem seus talentos e esforços a um mesmo ponto: o animal.
O animal é o grande elo da cadeia e ao monitorarmos todo o seu ciclo de vida conseguimos ver a contribuição da pesquisa, da genética e da produção nos seus resultados.
Da união da Gestão Agropecuária (GA) e Intergado, nasceu a Ponta para conectar toda a cadeia a partir das informações do animal. Com foco na eficiência dos processos e nos resultados do negócio, usamos a tecnologia e a gestão da informação para ajudar produtores a tomar melhores decisões todos os dias. E o próximo passo é conectar a produção à melhor genética para o seu sistema produtivo.
Por entender o desafio dos altos custos da nutrição no pasto e no confinamento, a empresa se dedicou a difundir a seleção para Eficiência Alimentar para que este potencial genético gere resultados na produção mais rapidamente.
Durante muito tempo, o maior desafio da pecuária foi aumentar a produtividade. Pesquisadores e criadores aceitaram a missão e se dedicaram a identificar animais com alto desempenho: mais precoces, mais pesados, com melhor acabamento, entre outras características desejáveis para este fim.
A grande questão é que, enquanto a produtividade da pecuária de corte nacional cresceu quase 190% nos últimos 32 anos, a margem líquida da arroba recuou mais de 68%* neste período. A produção pecuária se tornou mais arriscada e a busca pela eficiência virou o santo graal da atividade. Como o principal recurso da pecuária é o boi, a busca pela eficiência está diretamente relacionada com o melhoramento genético.
Neste sentido, a seleção para Eficiência Alimentar e a multiplicação de animais eficientes se consolida como um importante caminho para continuar aumentando a produtividade sem ampliar áreas para produção, reduzindo os custos, melhorando a rentabilidade do produtor e ainda contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
O crescimento das avaliações de fenótipos para os parâmetros de Eficiência Alimentar cresceu 1.200%, segundo a Ponta, em 10 anos e o que era um diferencial se tornou rapidamente em um pré-requisito da genética dos melhores criadores.
Este catálogo apresenta o resultado do trabalho consistente de programas de melhoramento, de associações de raças e de criadores em selecionar animais de alto desempenho e que se destacam para Eficiência Alimentar (EA). Além de reconhecer esse esforço, se propõe a ser um guia para seleção de animais melhoradores e disseminadores de eficiência.
Conheça os cinco principais criadores da raça Nelore responsáveis por difundir a genética da sustentabilidade no rebanho nacional e internacional a partir da seleção de animais para Eficiência Alimentar:
Rancho da Matinha, MG
Em consonância à visão do executivo da Ponta, Frederico Bessa, gerente do Rancho da Matinha, que é o criatório pioneiro na adoção da eficiência alimentar, acrescenta que, em geral, as pessoas medem só o que pesa e o que dá de leite, mas esquecem que o lucro é resultado do que se ganha menos aquilo que se gasta. “E para se gastar menos temos que selecionar os animais de melhor eficiência alimentar, que demandam menos comida. Pra quem quer fazer genética de ponta, como a Matinha, é indispensável fazer seleção para eficiência alimentar”. O Rancho da Matinha iniciou as provas para eficiência alimentar em 2011 e hoje registra a marca de mais de 5 mil animais testados, sendo um criador nível prata do ranking da Ponta.
O Rancho da Matinha teve início em setembro de 1976, com aquisição de uma gleba de terras, localizada no município de Uberaba, Minas Gerais. Ao longo dos mais de 40 anos o criatório contribuiu para tornar a pecuária brasileira mais promissora. Em um momento, apresenta um método de seleção diferente; em outros, lança tecnologias e investe em projetos ousados. Essa visão empreendedora do titular da fazenda, doutor Luciano Borges, fez o criatório se destacar no setor, sendo uma referência em genética no Brasil.
Genética Aditiva, MS
A Genética Aditiva começou a pensar em melhoramento na década de 80, a coletar os dados e usá-los para avaliar a produção do seu rebanho, considerando os índices de desempenho para características economicamente importantes. Utilizando sempre touros bem avaliados, o rebanho da Genética Aditiva galgou patamares importantes, confira abaixo alguns desses números. O rebanho da Genética Aditiva é diferenciado e tem muito a oferecer à raça Nelore e à pecuária brasileira. “Esses resultados refletem o trabalho sério e criterioso da Genética Aditiva em melhoramento e seleção. Conquistamos essa colocação graças à confiança dos produtores em nosso rebanho”, fala Cynthia Vieira, gerente comercial da empresa.
A eficiência alimentar do gado está sendo monitorada no rebanho da agropecuária, esse processo está sendo feito através de mais de 300 pesagens registradas durante o período de confinamento do animal. “A Genética Aditiva já faz seleção para várias características, nossa tecnologia veio para agregar ainda mais o refinamento dos números, pois sabemos da qualidade genética dos animais para precocidade sexual, fertilidade e várias outras aptidões, agora queremos criar o indice para eficiência alimentar do rebanho” disse Luigi Cavalcanti da Intergado.
A ideia é testar a eficiência alimentar dos animais e matrizes tiradas do seu trabalho de seleção genética. E tudo isso em confinamento próprio. “No melhoramento, as cadeias de aves e suínos deram muita prioridade à eficiência alimentar”, diz o pecuarista Eduardo Coelho. “Ao trabalhar essa característica, queremos contribuir para a competitividade da pecuária bovina.” A Genética Aditiva vai identificar e multiplicar animais com a melhor conversão alimentar e adaptados ao meio ambiente. Além disso, a empresa segue estudando a precocidade sexual, em busca de animais cada vez mais jovens e aptos à reprodução. “Já eliminamos a recria de fêmeas, adiantando em um ano a prenhez”, afirma Coelho. “É assim que melhoraremos a imagem do Brasil perante mercados exigentes.”
Agronova Nelore, MT
Com um centro tecnológico moderno, a Agronova possui ferramentas para controle da eficiência produtiva, avaliando em tempo real o ganho de peso, conversão alimentar, ponto ideal para abate e sistema de rastreabilidade. A empresa se aliou a técnicos e consultores das principais empresas do setor no país para reforçar sua marca no competitivo mercado de seleção Nelore no Brasil. A fazenda condensou em seis safras uma evolução de décadas para o melhoramento genético do Nelore, aliando tecnologia e lucratividade numa terra que apresenta desafios expressivos, como o calor e solos não tão férteis.
A mensuração do consumo ganhou o reforço dos cochos automáticos que permitem acrescentar o desempenho alimentar dos animais em suas avaliações. “Nos últimos 30, 40 anos, o que a gente fez foi medir quanto o boi ganhou. Quanto ganhou de leite, quanto ganhou de peso, de carcaça, e agora com essa ferramenta, que já é antiga, pois isso começou na década de 70, mas lá eram cochos individuais e nós não tínhamos esse equipamento de medições. Mas com essa ferramenta, ela nos permite medir massivamente, medir toda a população, e saber quanto que custa para o boi ganhar. Então a gente continua buscando os animais de alto desempenho, sempre visa outras características. E é importante que se diga: eu não posso eleger a eficiência alimentar como única característica de seleção, eu preciso de um animal que seja eficiente, fértil, dócil, que produza bem leite, que renda bem no frigorífico, ou seja, eu preciso de um animal que seja bom em todas as características econômicas, mas também que ele seja mais eficiente porque é uma característica de alto impacto econômico”, ponderou Argeu Silveira.
Usando todos os pilares modernos da seleção de gado de corte, a propriedade consegue oferecer ao mercado tourinhos que com pouco mais de um ano de idade já são provados como melhoradores. É o primeiro rebanho do Brasil onde 100% dos animais, machos e fêmeas, passam pelo teste de eficiência alimentar.
EAO Agropecuária, BA
A Empreendimentos Agrícolas Odebrecht, a EAO Agropecuária, de Emílio Odebrecht possuí fazendas em Uberaba, Minas Gerais e Itagibá, na Bahia. A EAO atua desde 1994 no segmento agropecuário, por meio, sobretudo, da criação e comercialização de bovinos e equinos através de Leilões. E um bom negócio tem que ser sustentável, tecnificado, humanizado e altamente competitivo.
Ser sinônimo de comprometimento significa que a EAO tem compromisso com a inovação, utilizando tecnologia de ponta em todas as atividades que desenvolve. E como compromisso maior, motiva o engajamento de sua equipe e de sua comunidade de Itagibá, no sul da Bahia, com programas de educação ambiental, ações de redução de impacto e melhorias na qualidade de vida da nossa gente. Afinal, a EAO Agropecuária acredita que só podemos crescer com orgulho se as pessoas ao nosso redor crescerem junto.
Agropecuária Fazenda Brasil, MT
Desde o início de suas atividades, em 2006, o trabalho da Agropecuária Fazenda Brasil – AFB abrange três setores: Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente. Na atividade agrícola, destaca-se a produção de soja, mas também são produzidos algodão, milho e feijão. Na pecuária, trabalha com bovinos e atua nas três etapas da pecuária de corte: cria, recria e engorda. Na seleção genética, adota as técnicas de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e Fertilização In Vitro (FIV). O grupo é composto por três módulos de produção localizadas no Mato Grosso, somando uma área total de 53 mil hectares.
A empresa apresentou a lista de todos os Criadores de Eficiência para que fique registrado na história o seu empenho e a sua contribuição para pecuária nacional. Confira o catálogo completo clicando aqui.
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