De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A), a carne fresca registrou uma diminuição de 2,89% em comparação ao final de 2023, e uma queda acumulada de 6,48% em relação a maio de 2023; confira
Nos últimos meses, o setor de carnes tem experimentado uma significativa redução em seus preços, refletida nos índices de inflação. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A), a carne fresca registrou uma diminuição de 2,89% em comparação ao final de 2023, e uma queda acumulada de 6,48% em relação a maio de 2023. No último mês de junho, a redução foi de 0,47% em relação ao mês anterior, indicando uma tendência de estabilização nos preços.
Esses dados evidenciam uma mudança positiva para os consumidores, que têm visto uma menor pressão sobre o orçamento alimentar. A carne industrializada também segue a tendência de queda, com uma redução acumulada de 2,84% nos últimos 12 meses.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atribui essa desaceleração na inflação das carnes principalmente ao aumento na produção. Em 2023, o Brasil produziu 8,91 milhões de toneladas de carne bovina, o que representa um incremento de 11,2% em relação ao ano anterior e 8,6% acima do recorde de 2019. Esse aumento na oferta tem contribuído para a diminuição dos preços, oferecendo alívio aos consumidores.
Além dos fatores de mercado, o cenário é também moldado por recentes decisões políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu retirar a carne bovina da reforma tributária, incluindo-a na cesta básica de produtos isentos de impostos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa decisão garante que o acesso à proteína animal seja mantido para todos os brasileiros.
Com a implementação gradual da reforma tributária entre 2027 e 2033, os brasileiros não precisarão mais pagar impostos sobre a carne, uma medida que promete tornar o produto mais acessível no futuro. A combinação do aumento da produção com essas mudanças políticas está moldando um cenário mais favorável para o setor de carnes e seus consumidores.
Sobre a Reforma Tributária
A Reforma Tributária do consumo avançou com um passo significativo nesta quarta-feira (11/7) com a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024 pela Câmara dos Deputados. O PLP 68/2024 estabelece a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que fazem parte do novo modelo de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual. O projeto foi aprovado com 336 votos favoráveis, 142 contrários e duas abstenções, superando o mínimo necessário de 257 votos. Agora, o texto segue para apreciação do Senado Federal.
Entre as principais mudanças introduzidas pelo PLP 68/2024 estão a simplificação das regras tributárias, a ampliação da lista de produtos com alíquota zero e o aumento do cashback para famílias de baixa renda. Produtos essenciais como carnes, queijos, peixes e sal serão isentos de impostos, integrando a Cesta Básica Nacional de Alimentos. Além disso, o texto prevê a necessidade de um novo Projeto de Lei Complementar em 2031 para ajustar os benefícios de alíquota reduzida, caso a alíquota de referência do IVA esteja acima de 26,5%.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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