Segundo o cooperativa Cooxupé os embarques devem aumentar 20%, para 6 milhões de sacas, superando o recorde anterior de 5,5 milhões alcançado em 2019
A Cooxupé projeta que suas exportações de grãos arábica atinjam recorde em 2021 após a supersafra do Brasil colhida no segundo semestre do ano passado. Os embarques devem aumentar 20%, para 6 milhões de sacas, superando o recorde anterior de 5,5 milhões alcançado em 2019, disse Lúcio Dias, diretor comercial da cooperativa. No início de dezembro, a Cooxupé recebeu 8,1 milhões de sacas de café dos cafeicultores, 1 milhão de sacas acima das expectativas iniciais, disse.
“É natural que venha um ano de exportações fortes depois de um ano de supersafra”, disse Dias em entrevista na terça-feira. A colheita ocorre entre maio e outubro, e a cooperativa recebe as sacas alguns meses depois, após a limpeza e secagem dos grãos.
A projeção está em em linha com relatório desta semana do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), segundo o qual os embarques de café verde do Brasil em dezembro atingiram máxima histórica no mês.
O cenário contrasta com as perspectivas de redução da próxima safra devido ao calor e à seca, impulsionando os preços do café. Na semana passada, a Marex Solutions disse que a produção nas principais áreas de cultivo deverá cair entre 30% e 50% neste ano, após o calor excessivo e escassez de chuvas.
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Os contratos futuros do café arábica em Nova York subiram mais de 20% desde o início de novembro, principalmente devido à preocupação de que a falta de chuvas nas principais áreas de cultivo reduzirá a produção neste ano. Uma saca pesa 60 kg.
“As exportações continuarão firmes, e o Brasil terá grãos suficientes para atender à demanda”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, em evento com repórteres na segunda-feira. “Mas vamos ter mais confiança em fornecer um número em março, quando o tamanho da próxima colheita será mais claro.”