Analista questiona a origem do arroz e a viabilidade econômica, considerando os custos de importação e a necessidade de subsídios.
O analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, expressou nesta quarta-feira (15) preocupações sobre a efetividade das medidas do governo federal para importar 1 milhão de toneladas de arroz, em resposta às cheias que atingiram o Rio Grande do Sul.
O governo já anunciou um edital para a importação de 104 mil toneladas de arroz branco beneficiado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo de vender o produto ao consumidor a R$ 4 o quilo.
No entanto, Oliveira questiona a origem do arroz e a viabilidade de atingir esse preço, considerando os custos de importação e a necessidade de subsídios.
Qualidade do arroz
“A principal dúvida é a origem desse arroz que será importado”, afirmou o analista.
Ele ressalta as dificuldades de importação enfrentadas em abril, quando o Brasil levou 30 dias para importar 120 mil toneladas.
Atualmente, o arroz da Tailândia e do Paraguai, principais fornecedores, chega ao Brasil por volta de R$ 105 o fardo de 30 quilos, sem a Tarifa Externa Comum (TEC).
Oliveira também se preocupou com a possibilidade de o arroz importado competir com a produção gaúcha, que as enchentes já prejudicaram.
“O rizicultor gaúcho não vai ter como exportar e nem colocar o cereal no mercado interno”, alertou.
O analista concluiu que a importação pode gerar desincentivo aos produtores, resultando em áreas menores de plantio na próxima temporada.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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