O duelo entre produtores de carne e industria frigorífica parece mostrar um vencedor momentâneo; o preço da arroba iniciou a semana com negócios saindo acima das referências médias
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com negócios saindo acima das referências médias, em especial em Mato Grosso do Sul. Pecuaristas e frigoríficos continuam em “batalha”, mas a semana já começou com um “vencedor” mais claro, já que os preços avançaram na maioria das praças mesmo com as escalas se mantendo estáveis. No Mato Grosso do Sul, a valorização diária foi de 0,87%, com o boi gordo cotado a R$ 227,78/@, no comparativo semanal a alta no estado já chega a 2,72%.
Em algumas praças desse estado houve alta de até 10 reais na arroba do boi gordo, em relação à sexta-feira (26), disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Por outro lado, as escalas de abate no geral são razoáveis, posicionadas entre sete e nove dias úteis em média. Sob o prisma da demanda, é grande a expectativa em torno do consumo durante a primeira quinzena de agosto, considerando o repique de demanda causado pelo Dia dos Pais.
“Soma-se a isso um fluxo agressivo de exportações, com o Brasil enfileirando recorde após recorde nas vendas de carne bovina no mercado internacional”, completou Iglesias.
Na B3, os contratos futuros apresentaram variações positivas, O vencimento para ago/24 registrou uma valorização de 0,23% na comparação diária, ficando cotado a R$ 235,25/@.
Rio Grande do Sul
O mercado ofertou mais R$0,10/kg para a novilha, mantendo estabilidade nas demais categorias. Na região Oeste, os preços são R$8,70/kg para o boi gordo, R$7,75/kg para a vaca e R$8,75/kg para a novilha. Em Pelotas, os preços são R$8,90/kg para o boi, R$7,90/kg para a vaca e R$8,75/kg para a novilha. Todos os preços são brutos e a prazo.
Região Noroeste do Paraná
Os preços estão estáveis: boi gordo a R$232,00/@, vaca a R$208,00/@ e novilha a R$224,00/@. Todos os preços são brutos e a prazo.
Região Sul e Norte de Minas Gerais
Na região Sul, os preços estão em R$205,00/@ para o boi gordo, R$195,00/@ para a vaca e R$200,00/@ para a novilha. A escala de abate é de nove dias. No Norte, a vaca está em R$192,00/@ e a novilha em R$205,00/@, com estabilidade. O boi subiu R$1,00/@, cotado a R$214,00/@. A escala de abate é de 15 dias. O “boi China” está a R$225,00/@, com ágio de R$11,00/@. Todos os preços são brutos e a prazo.
Exportações de carne brasileira
Na quarta semana de jul/24, o volume embarcado de carne bovina in natura registrou um leve crescimento, totalizando 53,09 mil toneladas, com uma média diária de 10,62 mil toneladas, totalizando um acumulado de 215,62 mil toneladas o que já representa um recorde histórico para os embarques da proteína bovina. No entanto, ainda restam três dias para o fim do mês e com isso espera-se que sejam embarcadas 242,50 mil toneladas de carne bovina in natura, o que pode representar um crescimento de 50,81% em comparação a jul/23.
A produção de carne bovina no Brasil deve crescer 6,71% em 2024, de acordo com relatório da S&P Global Commodity Insights, enquanto a previsão de alta da exportação é de 12,7%. No primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina refrigerada e congelada alcançaram um nível histórico, totalizando 1,13 milhão de toneladas, um aumento de 29% em comparação ao igual período do ano passado.
As exportações para a China, que representam cerca de 44% do total dos embarques brasileiros de carne bovina, cresceram 10% no período. Já as exportações para os Estados Unidos aumentaram 26%.
As exportações para a China, que representam cerca de 44% do total dos embarques brasileiros de carne bovina, cresceram 10% no período. Já as exportações para os Estados Unidos aumentaram 26%.
Com informações de Agrifatto, Safras & Mercado
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