Como vamos alimentar o mundo nos próximos anos? A proposta do Global Agricultura Fórum – GAF2016 é aprofundar a discussão sobre esse tema vital para os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta.
O evento está marcado para os dias 4 e 5 de julho, no Hotel Grande Hyatt, em São Paulo, e tem a realização da Datagro, ABCZ, SRB e Abramilho, Segundo dados da FAO, órgão da Organização das Nações Unidas(ONU) voltado para a alimentação, em 2050, seremos mais de 9 bilhões de pessoas. E, para atender as demandas normais desse contingente, serão necessários mas de 40% de alimentos – vegetais e animais.
Tarefa para gigantes, não está resolvida. O GAF montou uma programação eclética com especialistas em varias áreas do conhecimento e da produção para contribuir para a busca de soluções para o aumento da produção de comida.
A trajetória envolve aumento de produtividade.
Algumas vozes contribuem decisivamente para o movimento positivo em torno da cadeia de carne bovina. Uma delas é Drauzio Varella, médico renomeado, que destoa da ladainha normal da clássica médica e incentiva o aumento da carne bovina pelas pessoas. Varella é um dos palestrantes do GAF2016.
Para começar, ele explica que não existe nenhum estudo global que demonstre restrição a carne bovina na dieta das pessoas. ” Para existir valor cientifico nessa questão terão de ser realizado um estudo com mais ou menos 100 mil pessoas por um período de 20 anos. E isso a um custo de bilhões de dólares. Temos que ter uma dieta variada e que pode incluir carnes, como bovina. A dieta tem de ser equilibrada e sem exageros. Fora disso tudo é ideologia” destacou o especialista.
Drauzio Varella é, assim, uma voz destoante na comunidade médica, que sempre que pode pede restrições ao consumismo de carne bovina. ” Essa historia vem dos anos 50 e 60. Muitos médicos colocaram o uso da carne bovina como fator responsável pelo aumento do colesterol. Estabeleceu-se esse critério de que a carne vermelha era a grande causadora de ataques cardíacos. Essa politica é ideológica e não cientifica”, explica.
Drauzio Vallera é defensor da alimentação balanceada, com fibras, vegetais e proteínas.” Esse é um processo complexo. Antigamente, ninguém comia fora. Almoçava e jantava em casa. Hoje, é muito difícil comer em casa. As pessoas comem em qualquer lugar e exageram em produtos industrializados e altamente calóricos.
Isso está associado à vida sedentária. Antigamente era tudo feito a pé. Hoje ninguém mais ainda durante o dia. “E isso faz uma baita diferencia”.
Mas, e em 2050, quando a população mundial superará 9 bilhões de pessoas. Nos alimentaremos melhor o pior que hoje? O especialista é otimista. “As pessoas tem acessos a alimentos a baixos relativamente preços e de qualidade. A questão é o balanceamento, que precisa ser incentivado, especialmente nas crianças”.
Fonte: Revista ABCZ