De acordo com o ato publicado, a captação de água tem como finalidade a dessedentação animal, o consumo humano e a irrigação por microaspersão de uma área de 10 hectares da fazenda de José Roberto Marinho.
Na última semana, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) publicou um ato que autorizou José Roberto Marinho, um dos donos do Grupo Globo, a realizar a captação de água em sua fazenda localizada na Bahia.
O Inema, responsável pela gestão dos recursos naturais no estado da Bahia, é a entidade encarregada de conceder permissões para a utilização de recursos hídricos. A situação hídrica na região é particularmente sensível, especialmente em áreas rurais que dependem fortemente da água para atividades agrícolas e pecuárias. A escassez de água em diversas partes da Bahia torna cada concessão de captação um tema de debate acirrado.
De acordo com o ato publicado, a captação de água tem como finalidade a dessedentação animal, o consumo humano e a irrigação por microaspersão de uma área de 10 hectares da fazenda de José Roberto Marinho.
A fazenda está localizada na zona rural de Cocos, a cerca de 190 km da sede do município, próxima às divisas da Bahia com Minas Gerais e Goiás. O Inema enfatizou que a portaria publicada “não dispensa nem substitui a obtenção de certidões, alvarás ou licenças exigidas pela legislação pertinente seja federal, estadual ou municipal”.
A autorização levanta questões sobre o impacto ambiental, considerando a pressão sobre os recursos hídricos na região. Embora a captação de água seja destinada a finalidades como a dessedentação animal e irrigação em pequena escala, a localização da fazenda em uma área de divisa entre estados e a proximidade com ecossistemas sensíveis pode ter implicações ambientais significativas. Além disso, a utilização da água para irrigação de 10 hectares sugere uma operação agrícola que, dependendo do manejo, pode influenciar o equilíbrio hídrico local.
Polêmicas
A autorização para captação de água não é a primeira controvérsia envolvendo José Roberto Marinho na Bahia. No início do ano passado, a instalação de um condomínio de alto padrão na Fazenda Ponta dos Castelhanos, na Ilha de Boipeba, gerou polêmica.
O empreendimento, que contava com Marinho e Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, entre os sócios, enfrentou críticas por supostas alterações no meio ambiente.
A repercussão nacional levou o governo federal, através da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), a suspender a autorização para a construção, alegando que o projeto não atendia os requisitos legais para ser instalado em terras públicas da União.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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