Dois milhões em defensivos são roubados e quadrilha faz reféns

Após render funcionários de uma fazenda, bandidos fortemente armados fazem reféns e roubam celulares e defensivos de uma fazenda.

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Formosa, em cooperação com a Polícia Civil do Estado da Bahia, deflagrou, na primeira semana do mês de outubro, a Operação Agro Defense. 

Durante a operação, três pessoas foram presas, sendo uma na cidade de Formosa/GO e duas na Bahia, mais precisamente nas cidades de São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães. Outros três suspeitos seguem foragidos.

As investigações, realizadas inicialmente pela Delegacia de Polícia de Planaltina e, posteriormente, encaminhadas ao GIH de Formosa, apontam que vários criminosos teriam invadido, no dia 9 de novembro de 2019, uma fazenda na cidade de Água Fria e empregado grave ameaça com o uso de armas de fogo, feito vários reféns e subtraído quase R$ 2 milhões em defensivos agrícolas. Na ocasião, os criminosos, encapuzados, utilizaram armas longas e curtas e renderam todos os funcionários da fazenda.

Agindo com extrema violência, os suspeitos entraram na fazenda, arrombaram as portas de todas as casas, renderam as vítimas, subtraíram todos os seus aparelhos celulares e mecanismos de comunicação e, posteriormente, trancaram as vítimas em um cômodo, sob vigilância constante.

Em seguida, o grupo criminoso chegou com um veículo de grande porte ao local e iniciou o carregamento da carga. O grupo especializado sabia identificar os produtos e subtraiu apenas os defensivos agrícolas de alto valor.

Enquanto o carregamento era feito, os funcionários da fazenda reféns eram constantemente ameaçados. Após o cometimento do crime, os membros da associação criminosa saíram da fazenda, levando os aparelhos celulares dos funcionários, além de um veículo que se encontrava no local.

Tanto o veículo quanto os celulares foram posteriormente abandonados nas proximidades. Os suspeitos utilizaram um veículo de grande porte marca Scania de cor vermelha, clonado, para realizar o transporte do defensivo, para a Bahia. 

As investigações realizadas pela Polícia Civil ainda apontam que a associação criminosa revendia os defensivos de forma pulverizada, passando para os receptadores pequenas quantidades do produto, de forma a não chamar a atenção das autoridades sobre sua origem ilícita. Além disso, restou comprovado que as informações sobre a dinâmica da fazenda foram passadas por um funcionário de uma empresa terceirizada que fazia obras no local.

Segundo o delegado Danilo Meneses, grande parte da associação criminosa residia no estado da Bahia, mas a iniciativa do crime partiu de pessoas residentes na cidade de Formosa.

Um desses informantes ainda possuía total acesso à fazenda e a confiança dos proprietários e funcionários do local. Identificados os suspeitos da prática do crime, foi feita representação pela prisão preventiva de sete suspeitos, sendo a medida prontamente deferida pelo Poder Judiciário.

“Os membros do grupo criminoso possuem, em sua grande maioria, diversos registros de envolvimento em crimes patrimoniais”, conta o delegado. 

No dia 7 de setembro de 2021, um dos suspeitos, Jorge Diego Batista Pacheco, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Estado da Bahia, logo após roubar um caminhão. A ocorrência aponta que, na perseguição, Jorge Diego chegou a atirar contra os policiais, acertando o para-brisas da viatura.

Durante a Operação Agro Defense dois suspeitos foram presos pela PCBA. Um dos suspeitos, que passava informações sobre a dinâmica da fazenda e sobre os defensivos que ali se encontravam no dia do crime, foi preso pelo GIH na cidade de Formosa. Os suspeitos Fabrício Queiroz Silva, Francisco Araújo Santos e Giorlan Conceição dos Nascimento seguem foragidos.

O delegado Danilo Meneses reforça que a colaboração da população, comunicando às autoridades qualquer informação sobre o paradeiro dos foragidos, é de extrema relevância para o cumprimento das ordens judiciais. 

Vale ressaltar que os membros da associação criminosa investigada são de alta periculosidade e, em sua maioria, contumazes praticantes de crimes patrimoniais. As investigações seguem por parte do GIH de Formosa, com o objetivo de responsabilizar outros suspeitos envolvidos no crime.

Divulgação das imagens dos suspeitos Fabrício Queiroz Silva, Francisco Araújo Santos e Giorlan Conceição do Nacimento com fundamento no interesse público, considerando a existência de mandado de prisão em aberto e o notória importância da publicidade para cumprimento da ordem emanada pelo Poder Judiciário (Lei 13.869/2019 e Portaria DGPC-GO 02/2020).

Fonte: Policia Civil GO

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