Ferrugem asiática é uma das piores pragas da lavoura de soja brasileira; prejuízo chegaria perto de R$ 113 bilhões apenas para os agricultores
Imagine o impacto econômico da perda de 9 em cada 10 toneladas de soja no Brasil. O prejuízo chegaria perto de R$ 113 bilhões apenas para os agricultores e impactaria também no preço de uma série de outros produtos, como derivados de soja e carnes, uma vez que faltaria farelo para alimentar aves, suínos e bovinos. “Esse perigo está associado à falta de controle da ferrugem asiática, doença causada por um fungo, que há décadas gera prejuízos para os produtores rurais”, explica Luciano Zanotto, gerente de soluções e inovação de portfólio da UPL Brasil.
O fungo Phakopsora pachirhizi, que causa a ferrugem, foi registrado pela primeira vez em 1902, no Oriente. A partir dos anos 2000, começou a se disseminar de forma mais severa pelo território americano, atingindo o Brasil. Em nosso país, as perdas causadas podem chegar até a 90% da lavoura sem os cuidados adequados. Considerando que a expectativa é a produção de soja este ano superar 132 milhões de toneladas, as perdas seriam catastróficas.
Em razão do impacto econômico, a ferrugem asiática tem despertado constante atenção do mercado. Afinal, além das perdas produtivas, a doença provoca elevação substancial no custo do manejo. Por ano, mais de 914 milhões de hectares de soja são tratados com defensivos. E a ferrugem é o principal alvo. O dado é do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
“Inicialmente, a doença causa ‘pontuações’ de cor escura. Após penetrar no tecido vegetal da planta, o fungo Phakopsora pachyrhizi forma suas estruturas reprodutivas na parte interior da folha. Essas estruturas, em tons de marrom, expelem esporos que, por sua vez, serão disseminados na planta, causando o agravamento do quadro e comprometendo o seu desenvolvimento”, detalha Zanotto.
Depois desse imenso desafio, ressalta o especialista da UPL, as folhas de soja infectadas rapidamente ficam amareladas (ou com tons semelhantes ao da ferrugem: daí o nome da doença). Com a queda prematura dessas folhas, os grãos ficam menores e não se tornam maduros. Em alguns casos, pode haver aborto e queda das vagens em período de formação – essa situação, mais grave, pode causar a perda total da produção.
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“A ferrugem asiática exige tratamento especial. Além do vazio sanitário – por períodos de 60 a 90 dias – para evitar sua transmissão, o uso de fungicidas realmente eficazes é recomendado para o manejo inteligente do problema”, destaca o gerente de soluções e inovação de portfólio da UPL, empresa de origem indiana que é uma das quatro maiores do setor de soluções agrícolas no Brasil.
A companhia investe no desenvolvimento de um novo fungicida, com tecnologia inovadora, resultante da combinação de três princípios ativos, para compor o portfólio de soluções da UPL contra o complexo de doenças em soja. Esta inovação chegará ao mercado rapidamente, para ajudar os agricultores a protegerem os seus cultivos na próxima safra. Além da ferrugem, essa nova tecnologia atuará contra mancha-alvo, antracnose, cercospora e oídio.
“Essa nova solução da UPL é realmente inovadora e contribuirá para a proteção e a exploração do máximo rendimento da soja, proporcionando praticidade e flexibilidade de aplicação, com o uso indicado para diferentes momentos do ciclo de cultivo. Outro benefício é o seu efeito verde exclusivo: a tecnologia resulta em plantas mais verdes e mais saudáveis, aumentando a qualidade da soja”, finaliza Zanotto.