Doença da ‘vaca louca’ é detectada na Espanha

O animal em questão foi abatido, indicou a organização, com sede em Paris, com base em um relatório do Ministério da Agricultura espanhol.

Um novo caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE), conhecida como doença da ‘vaca louca’, foi detectado na província de Salamanca, na Espanha. A informação foi anunciada na última segunda-feira (27) pela Organização Mundial de Saúde Animal.

A informação que foi transmitida à OIE pelo Ministério da Agricultura da Espanha, detalha que o animal já foi sacrificado e explica que a doença foi detectada em 10 de novembro em uma fazenda situada em Salamanca, a poucos quilômetros da fronteira portuguesa.

A origem da infecção é “desconhecida ou incerta”, segundo o relatório da OIE.

O  animal em causa foi abatido, anunciou a organização, com sede em Paris, com base em um relatório do Ministério da Agricultura espanhol.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, um outro caso já tinha sido detectado em março deste ano, em uma outra exploração da mesma região espanhola.

Sobre a doença da Vaca Louca

A doença da vaca louca, também denominada encefalopatia espongiforme transmissível (BSE) ou mal da vaca louca, é uma doença neurológica que acomete bovinos e, tem sido relacionada com a doença de Creutzfeldt-Jacob (CJD) em humanos, além de outras encefalopatias causadas por príons (proteínasanormais que interagem com o material genético do hospedeiro).

Esta enfermidade foi diagnosticada pela primeira vez, no ano de 1986, quando houve a morte de diversos bovinos em consequência de uma doença neurológica desconhecida. Desde então, foram descritos 160.000 casos da BSE. No ano de 1990, esta doença virou uma epidemia entre no rebanho bovino, passando a afetar os seres humanos.

A principal causa da ocorrência da BSE está relacionada com utilização de alimentos expostos ao príon, que são fornecidos aos bovinos. O período de incubação pode varia de 1 até 8 anos para que haja o início da degeneração cerebral. Sua patogenia não está esclarecida, no entanto, existem teorias de que após a ingestão do príon, o agente replica-se no sistema linforreticular, migrando, em seguida, para o sistema nervoso central, através dos nervos periféricos.

Os sintomas são inespecíficos, estando relacionados principalmente ao comportamento do animal. A evolução e a intensidade dos sinais aumentam com o tempo, sendo que esse pode variar de semanas a meses, de modo que na maior parte dos casos, o animal morre dentro de três meses. Os sintomas apresentados são: menor tempo de ruminação, aumento na frequência de lambidas no focinho, espirros, contração do focinho, esfregar da cabeça, ranger de dentes e sensibilidade aumentada.

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