A valorização nas últimas semanas reflete as adversidades enfrentadas durante o plantio da safra de verão, sugerindo que a segunda safra de milho em 2024 poderá enfrentar uma diminuição ainda maior na área cultivada, impactando negativamente na produtividade; confira
Os recentes desafios enfrentados durante o plantio da safra de verão de milho no Brasil estão começando a impactar não apenas as cotações futuras na Bolsa Brasileira (B3), mas também os preços do mercado interno. O analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, destaca que a redução da área plantada e as dificuldades de produtividade em 2024 podem estabelecer um cenário mais sustentado para os preços do milho no próximo ano.
Segundo Queiroz, o movimento de valorização nas últimas semanas reflete as adversidades enfrentadas durante o plantio da safra de verão, sugerindo que a segunda safra de milho em 2024 poderá enfrentar uma diminuição ainda maior na área cultivada, impactando negativamente na produtividade. Essa conjuntura, segundo o analista, contribuirá para um ambiente mais favorável aos preços do milho ao longo de 2024.
A expectativa de Queiroz é respaldada pela projeção de uma demanda crescente para o consumo interno no próximo ano, o que poderá impulsionar ainda mais os preços do milho no mercado brasileiro. Essa tendência, combinada com as dificuldades na produção, cria um cenário propício para a sustentação dos preços, representando uma mudança em relação à volatilidade observada ao longo de 2023.
Os produtores e agentes do mercado estão atentos às condições climáticas e às variáveis que influenciam a produção de milho, preparando-se para potenciais impactos nos preços e na oferta do grão. À medida que o setor se adapta a essas mudanças, a perspectiva é de um mercado interno mais estável, marcado por preços sustentados em 2024.
Influências para o setor
As influências decorrentes das dificuldades enfrentadas na safra de milho e das projeções de preços mais sustentados em 2024 abrangem diversos setores da economia brasileira. Algumas das principais implicações incluem:
Alimentação animal e cadeia agropecuária: Os preços mais elevados do milho tendem a impactar diretamente os custos de produção na indústria de alimentação animal. Isso pode resultar em repasses de custos para outros elos da cadeia, como a produção de carne de frango, suína e bovina.
Agroindústria e processamento de alimentos: Setores que dependem do milho como insumo, como a produção de alimentos processados, amidos e adoçantes, podem enfrentar aumentos nos custos de produção. Isso pode influenciar os preços ao consumidor final, afetando a inflação em alguns produtos.
Exportações e competitividade: Se os preços internos do milho no Brasil permanecerem elevados, isso pode afetar a competitividade do país no mercado internacional. Exportadores de carne e outros produtos que dependem do milho como insumo podem enfrentar desafios para manter preços competitivos globalmente.
Mercado financeiro: A volatilidade nas cotações do milho na Bolsa Brasileira (B3) pode impactar investidores e especuladores no mercado financeiro. Movimentos significativos nos preços do milho podem criar oportunidades ou desafios para aqueles que operam nesse mercado.
Política agrícola e planejamento governamental: O governo pode ser chamado a adotar medidas para lidar com as consequências econômicas das dificuldades na safra de milho. Isso pode incluir políticas agrícolas específicas, como subsídios ou incentivos para mitigar os impactos nos diversos setores afetados.
Consumidores e inflação: A alta nos preços do milho e seus derivados pode ter efeitos indiretos sobre os consumidores, influenciando a inflação em alguns produtos alimentícios. Isso pode afetar o poder de compra e os padrões de consumo da população.
Fonte: Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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