Dia do Milho: Eficiência e sustentabilidade marcam evolução do milho no Brasil

No Dia Internacional do Milho, Brasil se destaca como terceiro maior produtor mundial e principal exportador do grão.

Nesta quinta-feira, 24 de abril, é comemorado o Dia Internacional do Milho, alimento importante para todo o mundo e um dos protagonistas da produção agrícola nacional. O Brasil tem motivos de sobra para comemorar: o país é o terceiro maior produtor do grão no mundo – atrás da China e dos Estados Unidos – com uma produção estimada em 122,7 milhões de toneladas para a safra 2024/25, segundo dados da Conab.

Na liderança do ranking de exportações, o Brasil exportou 34 milhões de toneladas de milho na última safra, para mais de 140 países, enquanto no início dos anos 2000 ainda figurava como importador.

Pesquisa expande possibilidades para produção sustentável de soja

Mas o protagonismo do milho vai além dos números. Para a Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), a evolução da cultura no Brasil é também uma história de sustentabilidade, inovação e eficiência. Prova disso é que, somente nos últimos 20 anos, a produção cresceu em aproximadamente 250%, saltando de 35 para 122 milhões de toneladas, enquanto a área plantada apenas dobrou, passando de 11 para 21 milhões de hectares.

Esse avanço está diretamente ligado ao uso da biotecnologia, que permitiu maior produtividade com menos impacto ambiental – e é impulsionado, sobretudo, pela criação de animais no mercado interno e pela demanda externa, que juntos correspondem a 70% do destino da produção nacional de milho.

Segundo Daniel Rosa, assessor técnico da Abramilho, o Brasil é referência mundial em práticas agrícolas sustentáveis. “Vários fatores fazem com toda agricultura brasileira – inclusive o milho – esteja entre as mais sustentáveis do mundo. A legislação rigorosa é uma delas, assim como a adoção de insumos biológicos, que reduzem o uso de químicos no campo”, explica.

Outro diferencial apontado por Rosa é a sinergia entre as culturas da soja e do milho, plantadas em sucessão em grande parte do território nacional. “A soja fixa nitrogênio no solo, beneficiando o desenvolvimento do milho. Já o milho deixa uma palhada que funciona como fertilizante natural. É uma relação de ganha-ganha que favorece o solo e aumenta a eficiência do sistema produtivo”, completa.

O papel do milho e sua contribuição para a sustentabilidade no cenário global é um dos focos do 3º Congresso Abramilho , que será no dia 14 de maio, em Brasília, com o tema “Sustentabilidade e Inovação”. O evento, para convidados, reunirá cerca de 400 pessoas, entre produtores, autoridades, empresários e especialistas, para debater os desafios e oportunidades da cultura do milho no contexto econômico, político e ambiental.

“Será uma oportunidade única de fornecermos subsídios técnicos e estratégicos aos produtores e líderes brasileiros, além de posicionarmos o milho brasileiro como peça-chave no equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental”, observa Glauber Silveira, diretor executivo da associação e coordenador do congresso.

O evento contará com painéis sobre reciprocidade ambiental entre países, cenário de inflação de alimentos, demandas sustentáveis do mercado internacional e cases de inovação sustentável. Além disso, a pauta inclui uma análise sobre a conjuntura macroeconômica após o recente “tarifaço” anunciado pelo governo norte-americano.

Confira a programação na íntegra aqui: https://bit.ly/3CAbramilho-Programa. Para mais informações: eventoabramilho@gmail.com.

Fonte: Abramilho

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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