Suíno vivo continua seguindo com baixa demanda, já o preço da carne bovina continua apresentando queda e FFPI permanecem 17,5% acima do resgistrado em 2021.
No decorrer da semana passada (44ª semana de 2022, 30 de outubro a 05 de novembro), o ambiente de negócios realizados com o suíno vivo seguiu mostrando baixa demanda por parte dos frigoríficos e, com isso, os suinocultores absorveram pequena baixa logo na abertura da semana, mantendo preços estabilizados no restante do período.
O resultado foi um preço médio semanal de R$137,50 significando queda de 5,4% na semana, enquanto apresentou incremento de 17% sobre a mesma semana do ano passado. Por ora, o preço médio acumulado neste início de novembro alcança R$137,50, sinalizando queda de 1,2% sobre outubro último, mas equivalendo a aumento de 1,5% sobre novembro do ano passado.
A semana atual (45ª semana de 2022, 06 a 12 de novembro) tende a apresentar maior movimentação com a entrada de salários dos trabalhadores e aposentados no mercado. Dependendo da movimentação no comércio de carne suína, a comercialização do suíno vivo para a semana vindoura pode favorecer melhores condições aos suinocultores.
Continua a queda de preço das carnes no 2º semestre, aponta FAO
Em outubro, pelo quarto mês consecutivo, o preço internacional das carnes bovina e de frango sofreu retração. A carne suína não escapou do processo e também recuou, mas essa foi a primeira ocorrência após quatro sucessivos meses de alta. De toda forma, o recuou registrado em relação ao mês anterior (-2,89%) foi o mais agudo entre as três carnes, pois o preço da carne bovina recuou 0,79% e o da carne de frango apenas 0,29%.
Note-se, no entanto (gráfico abaixo), que as perdas anuais mais significativas vêm incidindo sobre a carne bovina: seu preço médio, em outubro, ficou quase 3% abaixo do registrado um ano atrás, além de encontrar-se no menor nível dos últimos 16 meses. Isto, note-se, depois de ter atingido, em março passado, valor recorde de preço. Já as carnes suína e de frango permanecem com evolução anual positiva – de, respectivamente, 16,74% e 17,95%.
Na média do ano e comparativamente aos mesmos 10 meses de 2021, o melhor resultado vem sendo obtido pela carne de frango, com valorização de quase 22%. A da carne bovina ficou em cerca de 13,5% e a da carne suína em apenas 5,5%.
Justificando a queda de preços observada de setembro para outubro entre as três carnes, a FAO explica que o forte retrocesso experimentado pela carne suína se deveu não só às fracas importações do produto, mas também à menor demanda interna em alguns dos principais países produtores. Já o retrocesso da carne bovina foi reflexo de uma alta oferta (aí incluso “o aumento de disponibilidade de gado para abate, principalmente no Brasil”), enquanto o menor preço da carne de frango resultou da combinação alta oferta x baixa demanda.
Índice FAO de preço dos alimentos em 2022 permanece 17,5% acima do registrado nos primeiros 10 meses de 2021
Relativamente estável nos últimos três meses, mas ainda em queda, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) do mês de outubro passado retrocedeu ao nível dos 135,9 pontos (praticamente o mesmo registrado em novembro de 2021 e em janeiro de 2022), resultado que significou queda de 0,06% sobre o mês anterior e aumento de 1,99% sobre outubro de 2021.
Comparativamente ao recorde de preços registrado apenas 7 meses antes (quase 160 pontos em março de 2022), o índice mais recente retrocedeu perto de 15%. Porém, na média dos 10 primeiros meses do ano ainda é 17,5% superior ao de idêntico período de 2021. Culpa, principalmente, dos cereais, laticínios e óleos vegetais que permanecem com aumento superior a 20%. No mesmo período as carnes aumentaram 12%.
A ressaltar que, na queda de 0,06% em relação ao mês de setembro, só não houve a participação dos cereais que, ao contrário dos demais alimentos acompanhados pela FAO, apresentaram aumento próximo de 3%. E, entre eles, a entidade da ONU destaca os grãos forrageiros, cujo aumento superou 3,5%, índice puxado pelo milho devido à perspectiva de queda de produção nos EUA e na UE, péssimas condições de plantio (seca) na Argentina e incerteza sobre as exportações da Ucrânia.
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As carnes, por sua vez, tiveram o preço médio reduzido em quase 1,5%. Neste caso, nenhuma carne – ovina, suína, bovina ou de frango – escapou da baixa. Porque, em oposição ao aumento da oferta, a demanda global tornou-se, de forma generalizada, moderada.
Fonte: AviSite
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