Além das preocupações comuns relacionadas ao clima e especulações sobre a oferta, a proximidade das festas de fim de ano e as condições fiscais estão contribuindo para a desaceleração no mercado do café
O mercado do café no Brasil enfrenta um cenário conforme se aproxima do fim do ano. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que, além das preocupações comuns relacionadas ao clima e especulações sobre a oferta, a proximidade das festas de fim de ano e as condições fiscais estão contribuindo para a desaceleração dos negócios.
Na semana passada, o café arábica registrou transações em torno de R$ 930 por saca de 60 kg, com oscilações ao longo do período. Enquanto isso, o café robusta tem apresentado um movimento constante de alta, atingindo a marca de R$ 710 por saca, o patamar mais elevado desde 21 de junho deste ano.
A valorização do robusta pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo a demanda crescente e uma escassez possível no mercado. No entanto, para o arábica, a situação é diferente, com agentes do mercado demonstrando cautela diante das incertezas e da desaceleração econômica associada às festas de fim de ano.
Nos campos, as fazendas enfrentam desafios adicionais. As altas temperaturas, chuvas irregulares, ventanias e até mesmo quedas de granizo têm potencial para causar danos significativos à safra 2024/25. Os produtores estão atentos aos desdobramentos desses eventos climáticos e adotando medidas preventivas para mitigar os riscos.
Diante desse quadro, o mercado permanece atento aos desenvolvimentos, buscando adaptar estratégias diante das variáveis imprevisíveis que impactam o setor cafeeiro brasileiro.
Medidas de precaução que podem ser adotadas pelos produtores
Diante das condições climáticas desafiadoras e das ameaças potenciais à safra de café, os produtores estão implementando uma série de medidas preventivas para minimizar os riscos e proteger seus cultivos. Algumas das estratégias adotadas incluem:
Monitoramento meteorológico avançado: Produtores estão investindo em tecnologias avançadas de monitoramento meteorológico para prever com maiores mudanças climáticas abruptas. O acesso a informações em tempo real permite uma resposta rápida a condições adversas.
Sistemas de irrigação eficientes: Dada a irregularidade das chuvas, muitos agricultores estão aprimorando seus sistemas de irrigação, garantindo que as plantações recebam a quantidade adequada de água, mesmo em períodos de escassez hídrica.
Uso de telas de proteção: Para proteger as plantações contra danos causados por ventos fortes e granizo, alguns produtores estão instalando telas de proteção. Essas estruturas ajudam a reduzir o impacto direto dos elementos climáticos nas plantas.
Manejo integrado de pragas e doenças: A implementação de práticas de manejo integradas de regras e doenças é crucial para fortalecer as plantas e aumentar sua resistência a condições adversas, contribuindo para uma colheita mais saudável.
Diversificação de cultivos: Em alguns casos, os produtores estão considerando a diversificação de cultivos como uma estratégia para mitigar os riscos associados a uma única cultura. A introdução de variedades mais resistentes pode ajudar a proteger contra eventos climáticos extremos.
Aprimoramento da infraestrutura agrícola: Investimentos em infraestrutura, como melhorias nos armazéns e sistemas de secagem de grãos, visam preservar a qualidade do café colhido, mesmo diante de condições climáticas desfavoráveis.
Essas medidas combinadas refletem a abordagem proativa dos produtores de café brasileiros para enfrentar os desafios climáticos iminentes e garantir uma produção sustentável e de qualidade.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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