Atualmente, só há equipamentos de alto rendimento e alto custo no mercado.
Na próxima quinta-feira, 8 de agosto, será anunciado um desafio voltado para a criação de uma máquina destinada à quebra do cacau. O objetivo é engajar startups e empresas na concepção de um equipamento que atenda às necessidades dos pequenos produtores, visto que, atualmente, as opções disponíveis no mercado são apenas para grandes produções e apresentam elevados custos.
Este desafio, promovido pelo Sebrae/BA e pela Faeb/Senar em colaboração com o CocoaAction Brasil e a Rede+, oferecerá ao vencedor um prêmio de R$ 100 mil para apoiar o desenvolvimento do protótipo. Conforme explica Vitor Stella, consultor técnico do CocoaAction Brasil, o prêmio tem a finalidade de possibilitar a construção de um protótipo funcional, realizar testes de campo e, finalmente, validar a solução para uma eventual ampliação.
Atualmente, cerca de 70% da produção de cacau no Brasil é realizada por pequenos agricultores ou produtores da agricultura familiar. Vitor Stella aponta que as máquinas existentes para quebra de cacau não atendem às demandas dessa vasta maioria de cacauicultores.
“Estamos buscando máquinas compactas, mas que ofereçam eficiência na separação das cascas das amêndoas,” detalha Stella. Além disso, a facilidade de transporte e a capacidade de adaptação a diferentes tipos de terreno, sejam eles planos ou acidentados, são características essenciais que a organização procurará nas propostas.
As inscrições para o desafio estarão abertas até 8 de setembro. Em 4 de outubro, serão divulgadas as propostas aprovadas, e as empresas selecionadas receberão orientação de especialistas para desenvolver o plano de trabalho e o modelo de negócios do projeto. Esta etapa inclui visitas técnicas a fazendas de cacau, proporcionando exploração, aprendizado e implementação prática.
A fase final ocorrerá em novembro, quando os representantes das empresas farão uma apresentação (pitch) do projeto desenvolvido aos organizadores, culminando na divulgação da empresa vencedora do desafio.
O consultor destaca que a falta de mão de obra tem sido um obstáculo significativo para os produtores na colheita e processamento do cacau, mesmo quando os preços estão favoráveis. “O principal benefício é introduzir tecnologia ao pequeno produtor de forma que seja eficiente e adequada à sua situação, além de assegurar uma boa produtividade,” conclui.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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