Indústrias seguem com redução de abates e férias coletivas, enquanto isso a pressão baixista é forte e o pecuarista tira o pé das vendas, o que esperar?
Em São Paulo, os poucos negócios realizados nesta quarta-feira (18/11) no mercado do boi gordo ocorreram com uma queda de R$ 4/@, em relação ao dia anterior. Já no mercado futuro, a cotação do boi gordo para o contrato de dezembro na Bolsa Brasileira, a B3, despencou quase 7% em pouco mais de uma semana.
Outras praças importantes do País registraram queda de preços na arroba de machos e fêmeas nesta quarta-feira, o que reforça a tendência de baixa do mercado. Confira como ficaram as médias e o giro de preços pelo país.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 282,48/@, na quarta-feira (18/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 269,89/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 269,89/@.
O Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ fechou a R$ 282,15 nesta quarta-feira, ou seja, os preços tiveram uma desvalorização de quase 3,3%, refletindo a pressão baixista do mercado.
A arroba do macho terminado girou ao redor de R$ 285, preço bruto e à vista. Os preços da vaca gorda e novilha gorda sofreram hoje o mesmo patamar de queda (R$ 2/@), e estão apregoados em R$ 265/@ e R$275/@, respectivamente, preço bruto e à vista.
“A oferta de boiadas está contida, reflexo da queda de braço entre vendedores e compradores”, observa a Scot.
Paralização dos frigoríficos
Segundo a IHS Markit, a paralisação temporária de algumas indústrias em função da dificuldade de conciliar os altos preços da arroba ao valor final de venda da carne bovina impactou negativamente a intensidade da demanda, neutralizando a trajetória de alta.
Ao mesmo tempo, as indústrias que continuam ativas reduziram a capacidade operacional, com o objetivo de amenizar o impacto do forte aumento nos custos operacionais das unidades ocasionado pela disparada nos preços da boiada gorda, ainda em patamares recordes.
Segundo apurou a IHS, algumas indústrias passaram a receber animais oriundos de confinamentos próprios, reduzindo, assim, a necessidade de compras de boiadas de terceiros.
Em média, as escalas de abate atendem três dias úteis e boa parte dos frigoríficos segue testando efetivações a valores mais baixos que as máximas vigentes, informa a consultoria.
Atacado
No mercado atacadista, os preços subiram. De acordo com Iglesias, a expectativa é de continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com o ápice do consumo no decorrer do último bimestre. Por sua vez, as exportações permanecem em ótimo nível, com a China ainda absorvendo volumes expressivos de proteína animal brasileira, consequência da lacuna de oferta formada pela Peste Suína Africana.
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“O grande limitador da continuidade deste movimento de maneira ainda mais enfática é a dificuldade do consumidor médio em absorver novos reajustes de um determinado produto, simplesmente migrando para outros mais acessíveis. No caso do setor carnes a escolha prioritária é a carne de frango”, destaca Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro permaneceu subiu de R$ 16,25 o quilo para R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha passou de R$ 15,65 o quilo para R$ 15,70 o quilo.