Ex-secretário de Agricultura do estado chama proposta de “vergonhosa” e que a proibição parte de pessoas que não sabem como funciona a estrutura do rodeio
O Projeto de Lei 97/2022, de autoria do deputado estadual Rodrigo Maroni (PSDB), impulsionou a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Uma proposta dos legisladores quer proibir os rodeios em todo o estado, argumentando que os eventos promovem a crueldade animal.
“Importante deixar claro meu objetivo é acabar com maus-tratos em um evento onde os animais são humilhados e machucados de todas maneiras possíveis. Os rodeios são uma prática cruel. As provas colocam touros, cavalos e outros bichos em situações de estresse físico e psicológico”, disse em sua rede social o deputado ao defender o projeto.
Rebatendo os pontos levantados no projeto de Maroni, o deputado Sérgio Turra (Progressistas) chamou o projeto de “ridículo” e disse que a proibição partiu de pessoas que não sabiam como funcionava a estrutura do rodeio. O legislador disse que as alegações de crueldade animal por organizadores de eventos equestres descritos no projeto de lei não eram razoáveis e baseadas em premissas falsas.
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“As associações possuem comissões de bem-estar animal, equipes de médicos veterinários para acompanhar as competições, e protocolos de segurança para coibir maus tratos. Nenhum animal é maltratado. Pelo contrário, esses cavalos recebem tratamento de atletas profissionais. Essas acusações são injustificadas e embasadas em falsas premissas”, diz.
O deputado estadual gaúcho Covatti Filho e ex-ministro da Agricultura também criticou o projeto 97/2022. O parlamentar disse por meio de sua rede social que não aprovaria a medida na Assembleia Legislativa.
“Vai conhecer o nosso tradicionalismo. Vai conhecer a história do Rio Grande do Sul e dos rodeios e do tiro de laço. Peço que retire esse projeto, porque é uma vergonha para o nosso estado um deputado que apresente um projeto desses. Nós vamos rejeitá-lo”, disse Covatti em vídeo.