Deputado Wilson Santos espalha outdoors com frase “Taxação do Agronegócio Já” pela cidade de Cuiabá (MT), defendendo taxação do agronegócio.
Na capital mato-grossense, há pelo menos 20 anúncios com a frase Taxação do Agronegócio Já, trazendo a assinatura de Wilson Santos (PSDB-MT). Ampliar ou não a carga tributária que incide no setor primário? A chamada “taxação do agro” tem levantado grande repercussão em Mato Grosso. Há parlamentares que defendem que o agronegócio deva contribuir mais com as finanças do Estado, seja por meio de novos impostos ou por meio da revisão na Lei Kandir. O fato é que o assunto ainda deve render muito “pano para manga”.
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) defendeu, nesta quarta-feira (21), em entrevista à Rádio Capital, a taxação do agronegócio. Segundo o parlamentar, que tem se posicionado sobre o assunto inclusive em outdoors espalhados por Cuiabá, se o Estado seguir o exemplo de Mato Grosso do Sul, que limitou as exportações em 50%, o montante arrecadado por ano relativo a tributação do setor será de aproximadamente R$ 800 milhões.
Segundo Wilson, o principal alvo deve ser o combate à sonegação fiscal no setor, de acordo com ele, feita principalmente pelos barões do agronegócio. Ele destacou que em 2014 e 2017, a Assembleia Legislativa (ALMT) realizou duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que investigaram o assunto.
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A estratégia – bem como a defesa do aumento da carga tributária no setor produtivo – é considerada um absurdo pelos agricultores. Há quem diga, inclusive, que a elevação dos impostos possa inviabilizar a permanência de muita gente no campo.
Para debater o assunto, parlamentares e representantes do setor deverão se reunir nesta quinta-feira, dia 29, em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O encontro, aliás, foi convocado pelo próprio deputado Wilson Santos, o mesmo que tem defendido publicamente a necessidade de ampliar a arrecadação que vem do campo.
Wilson, que já foi prefeito da capital matogrossense, recentemente foi condenado por improbidade ao ceder espaços públicos para a iniciativa privada sem licitação e terá que devolver R$ 6 milhões aos cofres públicos. A decisão é do juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular e atende a um pedido do Ministério Público Estadual.
Adaptado de HiperNotícias