A originação de animais segue ainda muito complicado, fazendo com que os preços do boi gordo no país se alinhem e permaneçam elevados. Veja!
A semana inicia-se com o fim da colheita de milho no principal estado produtor do país, segundo o Imea, as atividades se encerraram durante a última semana. Apesar do fim desta, as cotações do cereal começam a semana sustentadas em todo o país, com a referência paulista de negócios acima dos R$ 60,00/sc. Na B3, a alta da semana foi de mais de 3%, com o vencimento setembro/20 encerrando a sexta-feira à R$ 60,20/sc.
O vislumbre de uma maior demanda chinesa por milho está dando um fôlego a mais nas cotações do cereal na CBOT, isso por que, os danos climáticos nas lavouras de cereal chinesa estão sendo contabilizados, gerando uma expectativa de importação de milho por parte dos chineses. O vencimento setembro/20 do milho em Chicago encerrou a sexta-feira à US$ 3,27/bu, valorizando 0,8%.
Boi gordo
A terceira semana de agosto trouxe poucas novidades para o mercado spot de boi gordo, os preços seguem firmes e sustentados pela baixa oferta de animais prontos para abate. Apesar de sutis sinais de avanços nas ofertas, formado principalmente por lotes pequenos, ainda não dá espaço suficiente para pressionar os preços negativamente.
Na B3, a semana também foi de estabilidade, com o contrato de agosto encerrando a sexta-feira em R$ 229,45/@, com reajuste positivo de 0,09% na comparação diária. Já o outubro, fechou o dia em R$ 230,60/@ (+0,55%). Já para os dois últimos meses do ano, novembro e dezembro, o mercado prospecta preços acima dos R$ 230,00/@, com as cotações em R$ 232,95/@ e R$ 233,50/@, respectivamente.
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Soja
Apesar da atuação da Câmara barrando a decisão do Senado (sobre o veto do presidente), a volatilidade política continuou a pesar sobre o câmbio no Brasil. Com isso o dólar bateu os R$ 5,61, o maior valor dos últimos três meses, e deu sustentação para que a soja brasileira navegasse a valores acima dos R$ 134,00/sc nos portos. Além disso, o farelo de soja também vê seus preços avançarem em todo o país, com a cotação ultrapassando os R$ 1.800/t em todo o país.
Em Chicago, poucas novidades e pouca movimentação no mercado, a oleaginosa viu seu contrato para setembro/20 encerrar a semana à US$ 9,01/bu, desvalorizando 0,25% na sexta-feira. Apesar de novas vendas externas dos EUA, a percepção é de que a preferência chinesa segue sobre a soja brasileira, não à toa preços para a safra 2021/22 já são vistos.
Fonte: Agrifatto