As cotações do farelo de soja recuaram 2,6% entre a média de fevereiro e a da primeira quinzena de março e 4,7% em um ano.
Grande parte de consumidores domésticos de farelo de soja esteve ausente das aquisições na primeira quinzena de março. Muitos deles adquiriram volumes para consumo em curto prazo e estão aguardando maior oferta do derivado para fechar novos negócios. Esses agentes esperam preços mais baixos na segunda quinzena de março, fundamentados nas expectativas de safra 2022/23 de soja recorde no Brasil.
Dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja recuaram 2,6% entre a média de fevereiro e a da primeira quinzena de março e 4,7% em um ano. Especificamente na região de Campinas (SP), o preço voltou aos patamares negociados em out/22.
Outro fator de baixa é que, com o aumento na oferta da matéria-prima, oUSDA estima produção recorde de farelo de soja no Brasil, de 40,87 milhões de toneladas nesta temporada. No entanto, as vendas também devem ser recordes: 21,1 milhões de toneladas estão estimadas para serem exportadas e 19,85 milhões de toneladas podem ser consumidas internamente.
As projeções de aumento nas negociações de farelo de soja no Brasil se devem à menor oferta na Argentina (principal exportador global deste derivado). De acordo com o USDA, a produção do derivado no país vizinho deve totalizar 27,49 milhões de toneladas, 9,2% abaixo do verificado na safra anterior. Deste total, 24,9 milhões de toneladas de farelo de soja devem ser exportadas, o volume mais baixo desde 2012/13, e 6,35% a menos que na temporada passada.
Fonte: Assessoria Cepea
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