O combate acontece desde a formação do ovo e traz seleção de inimigos naturais; testes mostram que em uma área com infestação em 8%, em sete dias após a primeira aplicação, o índice foi reduzido para 1%.
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, com quase 9 milhões de hectares de área plantada. O mercado de proteção de cultivos movimenta cerca de US$ 1,4 bilhão. Parte deste valor está no uso de defensivos para combater a broca-da-cana (diatraea saccharalis), um dos principais desafios nos canaviais brasileiros.
A lagarta possui efeito direto na qualidade da matéria-prima. Estudos mostram que com apenas 1% de infestação no canavial, os danos na produtividade podem chegar a 35 quilos de açúcar e 30 litros de etanol por hectare. A estimativa é que a praga seja responsável por um prejuízo de R$ 5 bilhões por ano ao setor.
Uma das maiores dificuldades é combater a praga antes do ovo eclodir. Um novo defensivo agrícola, o Revolux, lançado pela Corteva Agriscience, promete controlar a broca em todo o ciclo, inclusive, com ação ovicida. “A gente acredita que pode contribuir com o desenvolvimento desse mercado, trazendo soluções inovadoras e facilitando o dia a dia do agricultor. A nossa expectativa é contribuir para o crescimento sustentável do setor de cana-de-açúcar com as soluções que Corteva tem em seu portfólio”, comenta Mariana Castanho, líder comercial de cana da Corteva.
O inseticida reúne ingredientes ativos inéditos no mercado como o espinetoram e metoxifenozide, que atuam com um modo de ação diferenciado para uma proteção prolongada da cana contra a broca.
São dois grupos químicos que hoje não existem dentro da cultura e faz com que consiga entregar uma alta eficácia no controle de todo ciclo dessa principal praga. É um produto que consegue controlar desde o ovo porque tem uma ação ovicida e traz uma rapidez no controle com longo residual”, diz Rodrigo Takagawa, líder de portfólio de cana da Corteva.
O produto se mostra seletivo aos inimigos naturais, permitindo rotacionar controles químicos e biológicos e ampliar a capacidade do manejo integrado de pragas.
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“A gente sabe que usar o mesmo inseticida na mesma cultura acaba selecionando os indivíduos resistentes naquele grupo químico, fazendo com que ele aumente a frequência dessa população de insetos resistentes e, consequentemente, a perda de inseticida. Então o Revolux é uma ferramenta que traz rapidez no controle e consegue reduzir a população inicial e com baixa dose por hectare, de 100 a 200 miligramas, devido à alta potência inseticida desse produto”, ressalta.
Foram dez anos de pesquisa e os testes mostram que ao observar uma área com infestação em 8%, em sete dias após a primeira aplicação do produto, o índice foi reduzido para 1%. “Justamente pela rapidez de controle, atrelado a ação ovicida. Com a longa resistência e o longo residual ainda fez com que esse controle se persistisse por 60 dias”, acrescentou.
Fonte: Canal Rural