De Norte a Sul: Veja o que cada estado brasileiro produz e sua força no agronegócio

Conheça as produções que impulsionam o agronegócio brasileiro e os estados e cidades que lideram cada cultura.

O agronegócio brasileiro é a espinha dorsal da economia nacional, e cada estado contribui de forma única para essa potência. De Norte a Sul, a diversidade climática e territorial permite que o Brasil seja líder global em várias cadeias produtivas. Confira um panorama completo da força do agro em cada estado e os municípios que se destacam na produção de leite, produção de carne e agricultura.

Com a diversidade de climas, terras férteis e tecnologia aplicada, o Brasil reafirma sua posição de destaque no cenário global do agronegócio. De leite a grãos, frutas e carnes, cada estado contribui de forma única para o sucesso dessa cadeia que alimenta o mundo.

Produção de leite: líderes estaduais e municipais

Em 2024, a Fazenda Colorado consolidou-se como a maior produtora de leite do Brasil, com uma produção média diária de 96.688 litros, um aumento de 81% em relação ao seu primeiro ano no topo do ranking. A performance da fazenda reflete a pujança do setor leiteiro no Brasil, liderado por alguns estados e municípios que vêm mostrando alta eficiência.

Os cinco maiores estados produtores de leite no Brasil (2023):

  1. Minas Gerais – Líder absoluto, com 23,8% da captação nacional. O estado possui forte tradição na pecuária leiteira, com destaque para municípios como Patos de Minas, Patrocínio e Lagoa Formosa.
  2. Paraná – Responsável por 14,8% da produção nacional, com destaque para os municípios de Castro e Carambeí, reconhecidos pela produção de alta qualidade.
  3. Santa Catarina – Contribui com 13,1% da captação nacional, destacando-se pelo uso de tecnologia e integração com outras cadeias produtivas, como a de suínos.
  4. Rio Grande do Sul – Combinando tradição e inovação, é um dos pilares da produção leiteira brasileira.
  5. São Paulo – Ainda que seja mais conhecido por outras culturas, o estado tem municípios como Araras e Tapiratiba, que se destacam na pecuária leiteira.

Municípios que se destacam no setor leiteiro:

  • Castro (PR): Líder nacional em produtividade, conta com fazendas modernas e altamente tecnificadas.
  • Carambeí (PR): Reconhecido pela qualidade do leite e pelas cooperativas de sucesso.
  • Patos de Minas (MG), Patrocínio (MG) e Lagoa Formosa (MG): Referências em Minas Gerais, estado com forte tradição no leite.
  • Araras (SP) e Tapiratiba (SP): Destaques no interior paulista, com foco em qualidade e eficiência.

Em 2022, o Brasil produziu 34,6 bilhões de litros de leite, consolidando-se como um dos maiores produtores mundiais. Os cinco maiores estados produtores concentraram 69,95% da produção nacional, evidenciando a força regional do setor.

Municípios como Castro (PR), Patos de Minas (MG) e Carambeí (PR) são exemplos de como a tecnologia, a gestão eficiente e a integração com cooperativas podem impulsionar a produtividade e a qualidade do leite brasileiro.

Pecuária de corte no Brasil

Em 2024, o país deve alcançar 11,1 milhões de toneladas de carne bovina, marcando um aumento expressivo de 24,1% em relação a 2023, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa expansão reforça o protagonismo brasileiro no mercado global, mas também traz desafios para o futuro.

O aumento na produção é acompanhado por um crescimento significativo no abate de fêmeas bovinas. Nos primeiros seis meses de 2024, foram abatidas 5,393 milhões de cabeças, um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2023. Este número reflete não apenas a expansão da atividade pecuária, mas também a necessidade de ajustes frente às pressões econômicas e climáticas.

Entretanto, as projeções para 2025 indicam um cenário de retração. A produção estimada é de 9,78 milhões de toneladas, uma queda de 4,3% em relação a 2024.

Cinco estados brasileiros lideram a produção de carne bovina e consolidam sua posição como principais atores do mercado, respondendo por mais de 70% da produção nacional em 2024. Veja como esses estados se destacam e suas respectivas participações no total produzido:

  • Mato Grosso (17% da produção nacional): O maior produtor de carne bovina do Brasil. Destaca-se pela combinação de extensas áreas de pastagem e sistemas produtivos eficientes. Grande parte de sua produção é exportada para mercados internacionais, consolidando o estado como o epicentro da pecuária de corte no país.
  • Minas Gerais (13% da produção nacional): Conhecido pela qualidade da carne e sistemas integrados de produção. Minas Gerais tem investido em inovação e práticas sustentáveis, especialmente no segmento de carnes premium, que atende mercados internos e externos.
  • Goiás (12% da produção nacional): Localização estratégica e acesso facilitado a mercados consumidores tornam Goiás um dos principais polos da pecuária nacional. O estado vem ampliando sua capacidade produtiva com foco na intensificação sustentável.
  • Mato Grosso do Sul (10% da produção nacional): Beneficia-se de grandes rebanhos e do uso da integração lavoura-pecuária, um sistema que aumenta a produtividade e contribui para práticas mais sustentáveis. Exportações têm papel relevante no resultado do estado.
  • Pará (8% da produção nacional): Representa a força da pecuária no Norte do Brasil. O Pará tem crescido rapidamente com investimentos em infraestrutura, manejo sustentável e estratégias que equilibram produtividade com preservação ambiental.

Produções específicas por região

Cada estado e cidade contribui de forma única para a cadeia produtiva de carne bovina no Brasil, destacando-se em nichos e práticas regionais.

  • Norte:
    • Pará (8%): Lidera a expansão na Amazônia Legal, com projetos que priorizam práticas sustentáveis. Cidades como Redenção e Marabá estão entre os destaques.
  • Centro-Oeste:
    • Mato Grosso (17%): O maior produtor nacional, com municípios como Alta Floresta e Cáceres liderando em números de abates.
    • Goiás (12%): Anápolis e Rio Verde são grandes centros de produção, aproveitando a proximidade com os principais mercados consumidores.
    • Mato Grosso do Sul (10%): Dourados e Três Lagoas se destacam pela integração lavoura-pecuária e exportação.
  • Sudeste:
    • Minas Gerais (13%): Uberaba e Montes Claros são centros importantes, voltados para a produção de carne de alta qualidade e rastreabilidade.
  • Sul e Nordeste:
    • Apesar de não estarem entre os maiores produtores, estados do Sul e Nordeste têm mostrado crescimento em nichos específicos, como carne orgânica e certificada. No Sul, destaca-se o Rio Grande do Sul, enquanto no Nordeste, a Bahia se sobressai em carne premium.

Com essas informações, é possível identificar o protagonismo de cada estado e cidade na pecuária de corte brasileira, com destaque para a força do Centro-Oeste, que sozinho responde por mais de 40% da produção nacional. O desafio está em expandir a produção com eficiência, sustentabilidade e inovação para manter o Brasil na liderança global do setor.

Mapeando os Estados e Cidades com as Maiores Produções de Grãos no Brasil

A produção de grãos no Brasil na safra 2024/2025 promete ser histórica, com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontando para um recorde de 322,53 milhões de toneladas, um aumento de 8,2% em relação ao ciclo anterior. Mesmo enfrentando adversidades climáticas, como a seca prolongada, o país demonstra resiliência graças à adoção de tecnologias agrícolas e à expansão de áreas semeadas.

Produção geral de grãos: o que esperar para 2024/2025

Os principais grãos cultivados no Brasil registram um desempenho promissor:

  • Arroz: A área semeada cresceu 9,9%, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que concentram a maior parte da produção nacional.
  • Feijão: A área plantada passou de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares em 2024/25, garantindo o abastecimento interno. Minas Gerais e o Paraná lideram o cultivo, seguidos por São Paulo e Goiás.
  • Soja: Com um aumento de 2,8% na área destinada à cultura, a produção mantém o Brasil como líder global no mercado. Estados como Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul são os principais polos de produção.
  • Milho: Após adversidades climáticas no ciclo anterior, o milho apresenta recuperação de 3,5%, com uma colheita estimada em 119,74 milhões de toneladas. Mato Grosso, Paraná e Goiás são os grandes destaques.

Classificação por estados e cidades com porcentagens de produção

Centro-Oeste: Coração da produção
  • Mato Grosso (27% da produção nacional de grãos): Líder absoluto na produção de soja e milho, é responsável por mais de um quarto de toda a produção brasileira.
    • Sorriso: Concentra cerca de 7% da produção estadual, sendo a capital nacional da soja.
    • Lucas do Rio Verde e Nova Mutum: Juntas, representam cerca de 12% da produção estadual, com alta eficiência agrícola.
  • Goiás (10% da produção nacional de grãos): Importante polo para milho e soja, com crescente diversificação para o feijão.
    • Rio Verde: Responde por cerca de 4% da produção estadual, destacando-se pela soja e milho.
    • Jataí: Contribui com cerca de 3% da produção estadual, especialmente no milho safrinha.
  • Mato Grosso do Sul (8% da produção nacional de grãos): Reconhecido pela produção de milho safrinha.
    • Dourados e Maracaju: Juntas, representam cerca de 6% da produção estadual, com destaque para o milho.
Sul: Diversidade e qualidade
  • Paraná (16% da produção nacional de grãos): Líder na produção de feijão e importante produtor de soja e milho.
    • Cascavel, Maringá e Londrina: Cada uma dessas cidades representa cerca de 5% da produção estadual, destacando-se em soja e milho.
  • Rio Grande do Sul (11% da produção nacional de grãos): Maior produtor de arroz do Brasil e referência em soja e milho.
    • Uruguaiana e Pelotas: Concentram mais de 60% da produção estadual de arroz, além de serem relevantes na soja.
  • Santa Catarina (4% da produção nacional de grãos): Proeminente na produção de arroz e feijão.
    • Joinville e Itajaí: Juntas, respondem por cerca de 50% da produção estadual de arroz.
Sudeste: Intensificação e tecnologia
  • Minas Gerais (9% da produção nacional de grãos): Líder nacional na produção de feijão, com contribuições significativas em soja e milho.
    • Patos de Minas e Uberlândia: Representam cerca de 7% da produção estadual, com destaque para o feijão.
  • São Paulo (6% da produção nacional de grãos): Importante produtor de feijão e soja.
    • Ribeirão Preto: Contribui com cerca de 5% da produção estadual, sendo um polo estratégico para a soja.
Norte e Nordeste: Crescimento estratégico
  • Bahia (6% da produção nacional de grãos): Polo em expansão no Matopiba, com soja e milho como principais culturas.
    • Luís Eduardo Magalhães e Barreiras: Respondem por cerca de 70% da produção estadual, sendo referência no uso de tecnologia agrícola.
  • Maranhão (3% da produção nacional de grãos): Apresenta rápido crescimento, especialmente em milho e soja.
    • Balsas: Responde por 80% da produção estadual, consolidando-se como polo estratégico no Matopiba.
  • Pará (1% da produção nacional de grãos): Região com avanços importantes em soja e milho.
    • Paragominas: Representa cerca de 70% da produção estadual, sendo referência em práticas sustentáveis.

Os números reforçam a liderança do Centro-Oeste, responsável por 45% da produção nacional de grãos, com Mato Grosso no topo. As demais regiões complementam o cenário, com destaque para o Sul, que aposta na diversidade, e o Sudeste, que investe em tecnologias avançadas. No Norte e Nordeste, o crescimento do Matopiba mostra o potencial de expansão sustentável.

🏆 A safra 2024/2025 consolida o Brasil como potência agrícola global, unindo tecnologia, estratégia e regionalização.

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Os 10 estados que lideraram a produção agrícola no Brasil em 2024

A liderança dos estados na produção agrícola foi definida com base em critérios como o valor total do VBP, as principais culturas cultivadas, a participação nas exportações e a diversificação da produção. Cada estado se destaca por suas características específicas, como infraestrutura, práticas de sustentabilidade e inovação tecnológica, contribuindo para a robustez do agronegócio brasileiro.

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