A fase de cria é a primeira etapa do ciclo produtivo, cujo objetivo é garantir a reprodução e crescimento do bezerro até a fase de desmama, e envolve três modelos de reprodução:
O objetivo de quem trabalha com gado de cria é potencializar a produção de bezerros. Por isso, o pecuarista tem disponível várias estratégias e tecnologias:
Uma delas é a estação de monta, período do ano em que as fêmeas em reprodução são expostas ao touro, para a monta natural, ou condicionadas à IATF. A estação de monta facilita o manejo da propriedade, visto que é possível conciliar o nascimento dos bezerros, a desmama, as vacinações, as medicações e as outras operações em um mesmo período.
Outra, é a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que oferece aumento de lucratividade e permite o incremento genético dos bezerros. Porém, as técnicas precisam estar alinhadas com o monitoramento de outros indicadores, como sanidade, carga e suporte da fazenda, carga e suporte do pasto, estrutura da fazenda, manejo nutricional e a definição de lotes.
Elaboramos um guia prático e gratuito sobre todos esses tópicos para você aplicar no dia a dia e alcançar grandes resultados financeiros no ciclo produtivo.
Agora que você sabe quais fatores influenciam o sucesso da fase de cria, é hora de analisar a operação. Alguns indicadores importantes são: taxa de prenhez, taxa de natalidade, taxa de desmame, peso de desmame e taxa de desfrute. Vamos explicar cada um deles, e para facilitar, usaremos como exemplo 100 vacas em estação de monta.
Taxa de prenhez
A taxa de prenhez é essencial para monitorar o desempenho reprodutivo dos rebanhos. Indica a porcentagem de vacas gestantes em relação ao total de vacas aptas a cada 21 dias. Uma taxa alta significa mais vacas gestantes e maior retorno econômico.
A taxa de prenhez é calculada como: (nº de fêmeas prenhas / nº de fêmeas em reprodução) x 100.
É desejável obter resultados entre 75% e 90%, mas os números obtidos pelo acompanhamento apenas dessa métrica, podem ser limitados e imprecisos.
Se usarmos o exemplo: (80 / 100) x 100 = 80% é a taxa de prenhes.
Onde, 80 seria o número de fêmeas prenhas e 100 o número de fêmeas em reprodução.
Taxa de natalidade
Outro dado importante é a taxa de natalidade, que relaciona o número de bezerros nascidos com o número de fêmeas em cobertura. Ela mostra a eficiência na geração de bezerros.
Fórmula da taxa de natalidade: (nº de bezerros nascidos / nº de fêmeas cobertas ou inseminadas) x 100
Seguindo o exemplo: (72/80) x 100 = 90%
No qual, 72 é a quantidade de bezerros nascidos vivos (considerando que houve perdas gestacionais) e 80, a quantidade de fêmeas prenhas. Nesse exemplo, a taxa de natalidade é de 90%.
A meta recomendada é de 80% a 90%, mas a média no Brasil fica em torno de 70%.
Taxa de desmame
A taxa de desmame é crucial na fase de cria, relacionada diretamente com outros índices reprodutivos. Ela indica a proporção de bezerros desmamados em relação ao número de fêmeas cobertas ou inseminadas.
Fórmula da Taxa de desmame: (Nº de bezerros desmamados / nº de bezerros nascidos) x 100.
Seguindo o exemplo: (60/72) x 100 = 83%
A taxa de desmame é de 83%.
O objetivo é se aproximar de 100%, mas a média no Brasil fica em torno de 65%, com uma meta recomendada de cerca de 77%.
Peso de desmame
No peso de desmame, o objetivo é que os bezerros machos tenham pelo menos 50% do peso da vaca adulta em reprodução, enquanto para as fêmeas é desejável 45% do peso.
Por exemplo, se uma vaca pesa 400 kg, espera-se que seu bezerro macho seja desmamado com pelo menos 200 kg.
O peso de desmame está relacionado ao peso de abate e aos custos de produção. Bezerros mais pesados no desmame atingem o peso de abate mais cedo, reduzindo os custos.
Fonte: blog.prodap.com.br
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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