Custo subindo de foguete e preço descendo a ribanceira

Custos de produção da atividade leiteira subiram 18,5% frente a 2019; Queda no preço do leite pago ao produtor em maio. E agora?

Os custos de produção da atividade leiteira voltaram a crescer em maio. O indicador calculado pela Scot Consultoria teve alta de 1,8%, frente a abril deste ano. Mais uma vez o produtor vai amargar o estreitamento da margem de lucro na atividade, que segue sem apoio dos Governos e entidades.

A recuperação dos preços do milho (que só cederam no final do mês), a alta do farelo de soja e dos fertilizantes puxaram os aumentos. Na comparação com igual período de 2019, os custos da atividade leiteira estão 18,5% maiores nesse ano.

Já o preço do leite segue descendo a ribanceira

Houve queda no preço do leite pago ao produtor em maio, referente à produção de abril. Considerando a média nacional, o recuo foi de 2,0%, na comparação mensal.

O recuo é devido ao escoamento mais fraco no mercado interno desde meados de março, com a pandemia de coronavírus, situação que foi agravada em abril.

Naquele momento, a relação oferta e demanda foi mais afetada, devido à queda brusca no consumo. Atualmente, o mercado do leite está “um pouco mais ajustado”, com o peso maior da entressafra no Brasil Central e região Sudeste, além dos investimentos menores do produtor, custos de produção maiores e o clima afetando a produção no Sul do país.

Para o pagamento a ser realizado em junho/20, referente a produção entregue em maio/20, o tom do mercado é estabilidade, com 42% dos laticínios pesquisados apontando para manutenção dos preços pagos aos produtores, 35% falando em aumento e os 23% restantes estimando queda, na comparação mensal.

A queda mais forte na produção nas últimas quinzenas ajustou, em parte, a oferta de leite à situação atual do consumo interno, patinando. Com isso, o mercado deverá seguir com preços mais estáveis para o produtor no próximo pagamento.

Compre Rural com informações da Scot Consultoria

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