É previsto que os valores dos fretes alcancem seu ponto mais alto durante o intervalo de fevereiro a março de 2024
O atraso no plantio da soja, especialmente na região Centro-Oeste do Brasil, está previsto para resultar em uma colheita concentrada, coincidindo com o período em que os produtores estarão iniciando o cultivo de milho em sequência. Isso acarretará uma movimentação intensa no campo, provocando um aumento significativo na demanda por transporte e, consequentemente, elevando os custos do frete rodoviário de cargas.
Segundo análises realizadas pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq/USP (ESALQ-LOG), espera-se que os preços dos fretes rodoviários aumentem entre 15% e 20% no início do ano em comparação a 2023. A tendência é que os custos de transporte atinjam o pico entre o final de fevereiro e o início de março, dependendo da região.
O levantamento indica que, devido ao atraso no plantio, haverá uma concentração significativa de colheitas e uma movimentação intensa de caminhões saindo das fazendas no início de fevereiro. Um fator contribuinte para esse cenário foi uma seca excessiva no Centro-Oeste do Brasil, que impediu as atividades até cerca de 13 de janeiro. Apesar disso, persistem desafios, incluindo chuvas provocadas por fenômenos no Rio Grande do Sul.
Os estudos destacam a importância da rota entre a cidade de Sorriso, no norte de Mato Grosso, e o terminal de Rondonópolis, mais ao sul do estado, como uma das mais relevantes do país. Estima-se que o valor da tonelada transportada alcance R$210 em fevereiro, mas diminuirá para uma média de R$68 a R$70 em março. Em fevereiro deste ano, a média foi de R$178. Para a rota de Sorriso ao Porto de Meriti, no Pará, prevê-se que o custo da tonelada atinja R$317,27 em fevereiro, enquanto, no mesmo período deste ano, foi inferior. Dessa forma, o cenário aponta para desafios no setor de transporte, com custos impactados pela peculiaridade do ciclo de cultivo e colheita.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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