A redução foi impulsionada, em grande parte, pela queda nos preços de insumos, como fertilizantes e defensivos.
Os custos de produção da soja em Mato Grosso caíram, em média, 2,17% na safra 2024/25 em comparação com a média da safra 2023/24, totalizando R$ 7.118,38 por hectare, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A redução foi impulsionada pela queda nos preços de insumos, como fertilizantes e defensivos, que recuaram 8,47% e 10,67%, respectivamente. No entanto, a receita estimada de R$ 6.507,98 por hectare para 204/25 não cobre todas as despesas, resultando em um déficit de R$ 610,40.
O engenheiro agrônomo e analista do Imea, Abraão Di Matheus Pereira Viana, destacou a importância de os produtores monitorarem os custos de produção e as condições de mercado. “Os custos de insumos continuam desafiadores, mesmo com a queda em fertilizantes e defensivos. É crucial que o produtor esteja atento à comercialização de insumos para aproveitar as melhores oportunidades de negociação e rentabilidade”, afirmou Bauer em live de apresentação dos resultados.
O Custo Operacional Total (COT), que inclui todos os desembolsos do produtor, exceto depreciações e pró-labore, é estimado em R$ 6.101,74 por hectare para a safra 2024/25, proporcionando uma margem operacional positiva de R$ 406,24, caso a produtividade projetada de 57,97 sacas por hectare seja alcançada. “Apesar da projeção de produtividade de 57,97 sacas por hectare, o ponto de equilíbrio é de 52,24 sacas, o que significa que o produtor ainda tem uma folga de 5,74 sacas, o que gera um saldo positivo”, ressaltou Bauer.
A expectativa de produção é de 44 milhões de toneladas, um aumento de 12,78% em relação à safra anterior, impulsionado pela expansão de 1,47% na área plantada, que deve atingir 12,66 milhões de hectares. Entretanto, o preço da soja está em queda, cotado a R$ 105,25 por saca, 6,24% inferior ao ciclo anterior, o que pressiona as margens dos produtores.
A relação de troca da soja com fertilizantes apresentou um cenário misto. Houve melhora na aquisição de ureia, com uma redução de 21,77 sacas de soja por tonelada, e do Kcl (cloreto de potássio), com redução de 21,14 sacas por tonelada. No entanto, a relação de troca com o MAP piorou.
Os produtores precisam desembolsar 42,50 sacas de soja para adquirir uma tonelada de MAP, um aumento de 10,81 sacas em comparação com a safra passada, refletindo a alta nos preços.
Sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores, Viana reiterou: “O produtor está enfrentando preços mais baixos da soja e aumento nos custos de alguns insumos, o que exige planejamento constante para garantir a rentabilidade”.
Fonte: Agro Estadão
VEJA TAMBÉM:
- Peão mato-grossense lidera ranking MVP da PBR nos Estados Unidos
- Projeção de exportação de 5,866 milhões de t da soja para setembro
- Tereos perde 1,7 mi de toneladas de cana por queimadas em SP e estima prejuízo de R$ 100 milhões
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.