Apesar de ainda ter muito a crescer, tendência é que esse mercado dos bioinsumos acompanhe a produção dos insumos químicos
De acordo com o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o custo de produção da soja no Brasil quase dobrou em comparação com a safra anterior. O produtor de soja gastava, no ano passado, por hectare, R$ 770 com fertilizantes; atualmente, gasta R$ 2.558; com sementes, o gasto saltou de R$ 320 para R$ 809. Além disso, houve aumentos nos defensivos agrícolas e no diesel para transporte dos produtos.
O custo de produção operacional do produtor de soja em Mato Grosso, ao todo, saiu de R$ 3.500 por hectare para R$ 6.700, um aumento de 91%. Enquanto isso, os preços da soja também subiram, mas não na mesma proporção, de R$ 100 em média por saca, para R$ 160. Não à toa, nesse cenário de aumento dos preços dos fertilizantes, tem crescido a busca pelos bioinsumos, que usam microrganismos vivos para fazer, por exemplo, o combate de pragas. Com o seu uso, macro e micronutrientes acabam sendo potencializados no solo, auxiliando a absorção das plantas, além de também aproveitar o produto residual da safra passada na plantação atual.
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Esse mercado já estava crescendo muito nos últimos anos no mundo, por ser uma opção uma alternativa mais sustentável. No Brasil, o setor também decolou e está crescendo exponencialmente, tanto que as empresas não estão dando conta de fabricar tanto bioinsumo. Hoje, a grande questão do mercado é quanto que tem de produção desses insumos biológicos para atender a demanda da agricultura nacional, que é uma das maiores do mundo.
Apesar de ainda ter muito a crescer, tendência é que esse mercado dos bioinsumos acompanhe a produção dos insumos químicos. Até por isso que as grandes indústrias químicas também estão investindo na incorporação de empresas de biológicos ou criando as suas próprias plataformas de produção insumos biológicos, uma vez que acreditam que seja realmente um mercado promissor.